No último dia 30 de julho, a União Europeia fez um anúncio que impactará viajantes de todo o mundo. Dentro de dois meses, os países do bloco começarão a substituir os tradicionais carimbos de passaportes por um sistema automatizado.
Essa mudança, que entra em vigor em outubro, visa modernizar a maneira como as fronteiras são controladas.
Com base em um banco de dados comum, o novo sistema registrará informações como nomes, números de passaporte, impressões digitais e fotos dos cidadãos de países fora da União Europeia, incluindo o Brasil. Este procedimento será aplicado a todos que entrarem na Europa para estadias curtas.
Motivações e implementação
O sistema automatizado de fronteiras será adotado por 29 países, incluindo todos os membros da UE, exceto Chipre e Irlanda, além de Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.
A implementação do sistema foi discutida por quase uma década e será realizada gradualmente. Magnus Brunner, comissário europeu de questões migratórias, destacou que essa inovação permitirá um melhor entendimento de quem entra e sai da UE.
Essa medida também visa prevenir a migração irregular e garantir a segurança dos cidadãos europeus.
Para facilitar a transição, a Comissão Europeia garantiu que haverá um período de adaptação para estados membros, viajantes e empresas, enquanto campanhas informativas serão realizadas para suavizar o lançamento do sistema.
Preocupações e reações
Apesar das vantagens, algumas companhias de transporte expressam receio sobre o possível aumento de filas em aeroportos e estações de trem. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, destacou preocupações quanto ao “caos” que o sistema pode causar, especialmente na movimentada estação de St Pancras.
Autoridades britânicas já alertaram seus cidadãos sobre a possibilidade de tempos de espera um pouco mais longos nas fronteiras. No entanto, a Comissão Europeia assegura que o sistema trará mais segurança ao continente europeu.
Os apoiadores garantem que o movimento representa um passo importante na modernização do controle de fronteiras na Europa, com expectativas de maior eficiência e segurança.