A polêmica do banheiro costuma parar no assento do vaso, mas a ciência aponta outro vilão. Ao contrário do que se repete nas discussões caseiras, o risco maior não está em deixá-lo levantado ou abaixado, e sim no hábito automático de acionar a descarga.
Especialistas ouvidos pela revista americana Parade defendem que a tampa fechada importa mais do que a posição do assento.
Quando a descarga é acionada com a tampa aberta, ocorre o chamado “efeito pluma”. Em poucos segundos, microgotas invisíveis carregadas de microrganismos são lançadas no ar e se espalham pelo ambiente.
O que dizem os estudos e os especialistas
Relatos científicos e entrevistas indicam que o grande problema do banheiro é a descarga com tampa aberta, que forma jatos e névoa que se dispersam rapidamente pelo ambiente. Essas partículas podem percorrer até 1,5 metro, alcançando superfícies que raramente entram na conta da higiene diária.
Escovas de dente, toalhas, cosméticos e até a pia entram na rota desse spray microscópico. Portanto, fechar a tampa antes da descarga transforma um detalhe banal em uma barreira sanitária silenciosa.
Assim, o debate doméstico ganha outro eixo: menos disputa simbólica e mais atenção ao gesto simples que reduz a contaminação.
Práticas para reduzir riscos
A Dra. Shanina C. Knighton, pesquisadora de prevenção de infecções, detalha passos simples que reduzem a exposição. Além de práticos, eles não exigem grandes investimentos e funcionam tanto em casas quanto em banheiros compartilhados.
- Feche a tampa antes de acionar a descarga para reduzir a projeção de gotículas com sujeira e bactérias.
- Deixe o banheiro arejado: mesmo com a tampa fechada, parte das partículas escapa, então abra a janela para renovar o ar.
- Limpe o vaso com frequência, pelo menos uma vez por semana para evitar acúmulo e reduzir germes.
Conforto e higiene também dependem do assento escolhido
Conforto não se resume ao debate sobre levantar ou abaixar, uma vez que a escolha do assento influencia a experiência e a limpeza. De acordo com a empresa Dunard, materiais e recursos definem a durabilidade, estética e manutenção cotidiana. Desse modo, o consumidor equilibra higiene e praticidade antes da compra.
Veja as principais recomendações:
- Tamanho e formato: meça o vaso com cuidado para garantir encaixe correto, conforto no uso e evitar danos à louça.
- Material: plástico é resistente e acessível; poliéster dura mais e pode ter opção antibacteriana; laqueado é elegante, mas menos resistente à umidade; e almofadado melhora o conforto térmico em dias frios.
- Fechamento suave: assentos com sistema soft close evitam batidas, reduzem ruído e prolongam a vida útil do conjunto.
No balanço geral, a ciência indica uma regra simples para banheiros mais seguros: feche a tampa antes da descarga. Depois, ventile o espaço e, por fim, mantenha a limpeza semanal para conter o efeito pluma e seus impactos.
Com pequenas rotinas, famílias protegem objetos pessoais e reduzem a circulação de microrganismos.