Em 2019, a rentabilidade total do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi de 4,90%. De acordo com uma avaliação baseada em dados da consultoria Economática, essa porcentagem superou os rendimentos da poupança (4,34%), a inflação (4,26%) e do dólar ante o real (4,02%) no ano passado.
O superávit foi de R$ 11,324 bilhões no resultado global do FGTS. Com o acréscimo de juros e atualizações monetárias, a rentabilidade do Fundo de Garantia atingiu os 4,90% em 2019.
Em contrapartida, o rendimento do FGTS foi inferior ao de outros tipos de rendimentos, como ações ordinárias da Vale (7,28%) e do CDI (5,96%).
Investimentos de maior risco, como ações preferenciais da Petrobrás (37,48%), Ibovespa (31,58%) e ouro (28,10%) apresentaram ganhos maiores em 2019, uma vez que são propensos a maior retorno.
Apesar do resultado positivo, a rentabilidade do FGTS ainda foi inferior à dos três anos anteriores. Os ganhos referentes aos anos de 2018, 2017 e 2016 foram de 6,18%, 5,59% e 7,14%, respectivamente.
De acordo com o Conselho Curador do FGTS, o fato de a rentabilidade do FGTS ter sido superior em comparação a aplicações com risco e tributação semelhantes, como a poupança, superando a inflação do ano passado representa um ganho real nos saldos. Desta forma, foi possível cumprir o objetivo estratégico do FGTS, que é preservar o poder de compra dos trabalhadores cotistas.
Rendimentos serão divididos entre cotistas
O Conselho Curador do FGTS aprovou a distribuição de R$ 7,5 bilhões do resultado total obtido em 2019 para os trabalhadores cotistas. O valor será dividido proporcionalmente entre cada conta do FGTS.
A previsão é que os depósitos sejam realizados nas contas dos trabalhadores até o dia 31 de agosto.
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