Atenção, brasileiros! Nova projeção do salário mínimo para 2021 divulgada. Nesta terça-feira, 17, a equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) publicou via Panorama Macroeconômico de novembro uma alteração no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), estipulado em 4,10%.
Desta forma, o piso nacional para o ano que vem pode ir dos atuais R$ 1.045 para 1.087. O aumento será de R$ 42. Anteriormente, em 31 de agosto, o governo havia divulgado, por meio do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), que o valor do salário mínimo em 2021 passaria para R$ 1.067. Ou seja, um aumento de R$ 22.
O piso nacional é reajustado com base na inflação do ano anterior. Sendo assim, o valor ainda pode mudar até dezembro de 2020, para já entrar em vigor a partir de 1° de janeiro.
Sem ganhos reais
O reajuste do salário mínimo de R$ 1.045 para R$ 1.087 não representa um aumento real, apenas mantém o poder de compra do consumidor. Isso porque o valor foi calculado apenas com base na inflação. Para que o aumento fosse considerado real, a correção deveria ficar acima da inflação no ano.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso implementou o ganho real do salário mínimo em 1994. As gestões petistas oficializaram a medida. Entretanto, em 2019, o governo extinguiu a política de reajuste real do salário mínimo, e passou apenas a manter o poder aquisitivo do trabalhador.
Desta forma, o governo consegue um alívio financeiro, uma vez que o reajuste do salário mínimo impacta diretamente no valor de benefícios previdenciários e assistenciais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Para cada R$ 1 de aumento, as despesas anuais da União são ampliadas em cerca de R$ 355 milhões.
Vale ressaltar, no entanto, que em ganhos reais no piso nacional, a carência da população pode ser mantida. Cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que cerca de 49 milhões de pessoas vivem com um salário mínimo por mês. Contudo, a remuneração mensal deveria ser de R$ 4.694,57.
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