Nessa semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, anulou todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas à Operação Lava Jato. O que significa que o principal nome do Partido dos Trabalhadores (PT) para concorrer à presidência está novamente elegível.
Dessa forma, Jair Bolsonaro e Lula devem disputar as eleições eleitorais de 2022. Para tentar ganhar força e aprovação entre os eleitores de Lula, Bolsonaro agora deve priorizar uma agenda mais populista e com pautas assistencialistas, devendo abandonar privatizações e temas que não agradam tanto o eleitorado de Lula, de acordo com opinião de especialistas.
Essa postura deve se estender para o valor do auxílio emergencial que tem volta prevista para o fim desse mês. Segundo o economista-chefe da Nécton, André Perfeito, em entrevista ao Metrópoles, “A agenda de privatizações, por exemplo, nos parece mais frágil hoje e muito provavelmente Bolsonaro elevará as parcelas do auxílio emergencial para contrapor a popularidade de Lula nos segmentos mais humildes da sociedade”, afirmou.
Já a economista da Nécton, Nathalie Marins, disse que a pressão no governo por políticas assistencialistas existe mesmo sem a chegada de Lula na disputa eleitoral. “Acredito que o Bolsonaro pode tentar algum movimento contrário à equipe econômica nos próximos dias, elevando o atrito com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Isso pode ser feito a partir do aumento do valor ou da extensão do auxílio emergencial, o que é contrário à pasta”, destacou.
Valor proposto para o auxílio
Como anunciado por Guedes nessa semana, o auxílio emergencial deve ter parcelas de R$ 175 , R$ 250 ou R$ 375, cada valor é destinado para uma composição familiar diferente: uma família monoparental, dirigida por uma mulher vai receber R$ 375. Caso seja um homem sozinho que precise da renda, a parcela será de R$ 175. Já se for um o casal, eles recebem parcelas de R$ 250.
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