A distribuição do lucro do Fundo de Garantia de Tempo e Serviço (FGTS) é uma medida adotada pelo governo federal há alguns anos para apoiar os trabalhadores brasileiros. Em 2021, a previsão é que seja distribuído 70% do lucro de R$ 8,5 bilhões apurado em 2020, ou seja, cerca de R$ 5,9 bilhões.
A divisão será feita proporcionalmente entre os cotistas com saldo nas contas do fundo em 31 de dezembro. A expectativa é de que a Caixa Econômica Federal deposite os valores em conta já no mês de agosto.
O objetivo da medida é repor as perdas causadas pela inflação, que no ano passado chegou a 4,52%, segundo dados do INPC. Atualmente, a remuneração do FGTS é de 3% mais Taxa Referencial, atualmente zerada.
O montante é incorporado ao saldo das contas do FGTS do trabalhador, que só pode ser movimentado em casos específicos. O saque do FGTS é permitido em caso de demissão sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria, saque-aniversário ou doenças graves.
O Conselho Curador do FGTS deve tomar uma decisão sobre a porcentagem a ser distribuída e outros detalhes a respeito da divisão dos lucros em julho. No ano passado, a corte decidiu distribuir R$ 7,5 bilhões do lucro registrado em 2019, que foi de R$ 11,3 bilhões.
O saque emergencial do FGTS autorizado no ano passado pelo governo federal injetou aproximadamente R$ 24,2 bilhões na economia do país. Neste ano, mais de 30 projetos em tramitação tratam de medidas e projetos ligados ao fundo.
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