O Ministério da Economia passou a prever uma inflação ainda mais elevada até o fim deste ano. Segundo os últimos cálculos da pasta, publicados no Boletim Macro Fiscal, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deve apontar inflação acumulada de 5,05% em 2021.
Considerando essa previsão, o salário mínimo de 2022 deve chegar a R$ 1.155,55. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) publicada mais cedo neste ano, o valor estimado para o piso salarial nacional era de R$ 1.147.
Vale destacar que desde 2019 o governo federal não oferece ganhos reais no salário mínimo, apenas uma correção para evitar perdas no poder de compra do trabalhadores.
Esse aumento impacta diretamente o valor do salário mínimo para o próximo ano, que por sua vez modifica benefícios trabalhistas como abono salarial PIS/Pasep, seguro-desemprego e INSS. Veja mais detalhes sobre esses impactos.
Benefícios do INSS
O valor do menor benefício do INSS precisa, por lei, corresponder ao piso nacional em vigência. Sendo assim, a aposentadoria e pensão de quem atualmente recebe um salário mínimo também deve ser reajustado para R$ 1.155,55. A mudança também afeta ao teto, que deve passar de R$ 6.433,57 para R$ 6.624,30.
Abono PIS/Pasep
O abono salarial distribuído anualmente para os trabalhadores formais que atuaram por pelo menos 30 dias no ano tem valor proporcional à quantidade de meses trabalhados. O benefício máximo é de um salário mínimo, o que significa que os segurados também terão direito a valores maiores a partir do próximo ano.
Seguro-desemprego
O seguro-desemprego é mais um benefício cujo valor é atrelado ao do salário mínimo. Para o próximo ano, o trabalhador que tinha direito de três a cinco parcelas de R$ 1.100 passará a receber cotas de R$ 1.155,55. Vale destacar que o número de parcelas depende da quantidade de meses trabalhados e o número de solicitações anteriores.
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