A Caixa Econômica Federal retirou as ressalvas do balanço do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Esta é a primeira vez em 6 anos que o banco toma essa postura. O balanço atingiu R$ 570 bilhões, após ter obtido R$ 8,5 bilhões em 2020.
Inserida em 2015, a ressalva teve permissão para ser retirada pelo Conselho Curador do FGTS. Em 2020, foram registrados 83 milhões de trabalhadores no Fundo, com resultado líquido de R$ 8,5 bi. Portanto, os ativos chegaram a um total de R$ 570 bi, conforme mencionado.
O crescimento anual foi de 5,4% em relação ao de 2020. A arrecadação mensal atingiu o montante de R$ 127,3 bilhões em contribuições. Os valores sacados somam R$ 166,1 bilhões.
Os motivos de saque variam, mas se concentram geralmente em moradia, aposentadoria, saque emergencial e saque-aniversário. O patrimônio líquido registrado no último ano foi de R$ 113,1 bilhões. Enquanto o passivo contabilizou R$ 457,2 bilhões.
Ainda que 2020 tenha fechado em déficit de contribuições e saques, o resultado foi positivo. O aumento atingiu 6,6% no comparativo anual.
Segundo dados do Conselho Curador do FGTS, o resultado é fruto de empréstimos e investimentos. Ao todo, 70% do saldo positivo advém justamente de operações de crédito. A própria Caixa confirmou esta informação.
Repasse de lucros
O valor do FGTS não fica exatamente parado na conta do trabalhador. A Caixa é a responsável pela gestão dos recursos e os utiliza para subsidiar investimentos. Dessa forma, adquire lucro sobre o montante.
Por meio dessa ação, os cidadãos têm retorno financeiro. Isso se dá por meio de depósito de crédito de juros, atualização monetária e distribuição de resultados.
A redistribuição da porcentagem de resultado do FGTS para a população começou a ser feita em 2017. No ano passado, foram redistribuídos R$ 8,5 bilhões.
Antes de 2017, o valor dos rendimentos era mantido apenas no Fundo de Garantia.
Com o saldo disponível, é possível realizar o saque do Fundo em casos previstos na lei. Alguns deles são:
- Demissão sem justa causa;
- Catástrofes naturais;
- Aposentadoria;
- Morte;
- Doenças graves;
- Compra de casa própria.
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