O automobilismo é uma paixão de muitas pessoas, assim como o próprio automóvel. Movidos por esse amor pelo “possante”, alguns consumidores pecam pelo excesso de cuidados, enquanto outros não tem nenhum. Pois é, alguns hábitos que deveriam beneficiar, podem acabar prejudicando o veículo.
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Claro que é recomendado seguir o manual de orientação e de manutenções básicas. O carro precisa estar com óleo trocado, freios e pneus revisados, ser abastecido em locais confiáveis etc. Com tudo, alguns cuidados extras, além de exagerados, são nocivos para a “saúde” da sua máquina. Épocas como o verão exigem mais cautela por conta do excesso de chuva e da maior incidência solar.
Confira 5 cuidados que os motoristas devem ter no verão
1 – Polimento em excesso
Que é preciso cuidar da pintura do carro, ninguém duvida. Além de preservar o valor, manter o brilho dá a sensação de pilotar um carro novinho em folha. Buscando a aparência de um veículo recém-comprado, alguns proprietários exageram no polimento.
O recurso realmente devolve o brilho à lataria e esta é exatamente a função. Por isso, se a pintura não está opaca ou gasta, não há motivos para polimento. A ação se trata de uma retificação da camada de tinta externa, não é um mero cuidado estético.
Alguns veículos, por exemplo, não podem ser polidos mais de três vezes. Isso porque o processo consiste em desgastar a pintura original para voltar o brilho e corrigir defeitos. Cada vez que o carro é polido, mais fina fica a camada de proteção da pintura.
2 – Filtro de ar
No calor, o ar-condicionado será utilizado mais vezes. Por isso, mantenha os cuidados com ele em dia. Além da sujeira que pode gerar alergias, existe o risco de adoecer por conta do filtro de ar inadequado.
3 – Aditivo adicional em combustíveis
É comum o frentista do posto de combustível oferecer para adicionar um aditivo à gasolina ou etanol. A promessa do vendedor é a de que o produto ajuda a limpar o motor e aumentar o desempenho.
Por isso, vários motoristas acabam cedendo à oferta e acrescentando o aditivo na hora de abastecer.
Porém, além de totalmente desnecessária, a presença do produto pode causar prejuízos. Os combustíveis e óleos lubrificantes já são certificados e têm o que é necessário para o veículo.
Se ainda assim, o motorista desejar, pode abastecer com combustível aditivado direto da bomba.
4 – Limpeza de bicos injetores
Talvez este item seja o campeão das “enganações”. Na hora de realizar a manutenção preventiva do auto, o mecânico pode “receitar” a limpeza dos bicos.
Diversos especialistas afirmam que não existe qualquer recomendação e, muito menos, indicação para isso. Os bicos injetores só precisam ser limpos caso o motoro apresente falhas, dependendo da situação. Do contrário, é apenas jogar dinheiro no lixo.
5 – Completar o tanque um “tantinho” a mais
Nada de 8 ou 80. Rodar com o tanque de combustível na reserva pode trazer prejuízos, mas enchê-lo demais também.
Quando a gasolina está na reserva, há mais espaço para evaporação, por isso, o combustível acaba mais rápido. Além disso, uma pane seca pode ocorrer.
Ao completar o tanque é preciso obedecer ao freio do gatilho da bomba. Pedir para completar além do limite é ainda mais nocivo. Isso pode danificar o cânister que filtra gases tóxicos e poluentes.
6 – Descarbonização
O método é conhecido como “flush” e promete otimizar o consumo e o rendimento do automóvel. Porém, na realidade, ele pode causar sérios problemas.
Utilizar a técnica em veículos que não são abastecidos com combustível aditivado é um erro. O procedimento pode danificar diversos componentes internos e chega a travar o propulsor.