Está viciado no TikTok? Algoritmo do aplicativo pode ser o motivo

Documento divulgado pelo time de de engenharia do TikTok em Pequim revela o que há por trás da plataforma.



O time de engenharia do TikTok em Pequim divulgou um documento que revela os quatro principais objetivos do algoritmo da ferramenta: valor do usuário, valor do usuário de longo prazo, valor do criador e valor da plataforma. As informações constam no texto intitulado “TikTok Algo 101”.

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A pesquisa mostra como o mais bem-sucedido aplicativo de vídeos rápidos tem conquistado cada vez mais pessoas e se tornado, em alguns casos, viciante.

A autenticidade do documento foi confirmada pelo porta-voz da empresa, Hilary McQuaide. Segundo ele, o levantamento tem como finalidade permitir que funcionários não especializados entendam como o algoritmo funciona.

As revelações sobre os detalhes vão desde o ponto de vista matemático até a visão da empresa sobre a natureza humana. Combinados, esses elementos explicam porque é tão difícil parar de usar o TikTok.

O relatório também mostra qual a relação da empresa com a ByteDance, controladora chinesa do aplicativo. Os dados foram divulgados enquanto o Departamento de Comércio dos EUA prepara um documento para avaliar se a plataforma oferece algum risco de segurança aos país.

Estratégias

Em linhas gerais, o TikTok afirma que seu sistema de recomendação considera fatores que incluem curtidas e comentários, além de informações do vídeo, como legendas, sons e hashtags. Mas o documento revela que o aplicativo utiliza a retenção e o tempo gasto como parâmetros para atingir a meta de acréscimo diário de usuários e mantê-los o maior tempo possível assistindo vídeos.

Segundo Guillaume Chaslot, fundador do grupo Algo Transparency, o tempo gasto é o fator chave do algoritmo. Na sua visão, o objetivo é viciar as pessoas sem realmente oferecer o que elas querem.

Enquanto alguns analistas americanos encaram o TikTok com uma grande ameaça, outros acreditam que não há motivo para pânico. Para esse segundo grupo, a situação é parecida com pessoas de meia idade cujos pais alertaram que postar detalhes de sua vida nas redes sociais aumenta o risco de nunca conseguirem um emprego.




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