Entre janeiro e dezembro de 2021, o preço médio da gasolina vendida pela Petrobras registrou aumento de 68%. No mesmo período, o diesel subiu 65%. Na última terça-feira, 11, a estatal anunciou um novo reajuste de 4,85% e 8,08%, respectivamente, nos valores dos combustíveis.
Leia mais: Quem está com Covid ou gripe é obrigado a trabalhar? Veja os direitos
Esse último aumento leva os preços da gasolina a uma alta de 76% em apenas um ano, enquanto os do diesel acumulam ganhos de 79%. Os dados são do Observatório Social da Petrobras (OSP) e têm como base os comunicados divulgados pela Petrobras entre janeiro de 2021 e agora.
Somente no ano passado, gasolina foi reajustada 16 vezes, sendo 11 aumentos e 5 reduções. O novo preço eleva o número total de altas a 12. Nesse meio tempo, o diesel foi reajustado 14 vezes, incluindo a última, sendo dez aumentos e três reduções.
O preço médio nacional do derivado de petróleo na primeira semana do ano foi de R$ 6,596, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Já preço máximo foi encontrado no Rio de Janeiro, a R$ 7,899 o litro. Nenhum desses números considera o novo reajuste.
Recordes
O economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), conta que ambos os combustíveis atingiram seu recorde de preços em novembro de 2021.
“De lá pra cá, não houve reajuste no diesel e o preço da gasolina chegou a diminuir nas refinarias, o que aliviou a inflação dos combustíveis no fim do ano. Essa trégua se deu, unicamente, por conta da Ômicron (nova variante da Covid-19), que fez o preço internacional do barril de petróleo cair drasticamente nos últimos meses do ano”, explica.
Em janeiro, o preço do barril está acima dos US$ 80, retornando aos patamares de outubro e novembro, quando atingiram patamares recordes.
