O governo oficializou nesta quinta-feira 20, o reajuste de 10,16% no valor de aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mudança atinge mais de 12 milhões de segurados que recebem remuneração acima do salário mínimo.
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Por lei, os pagamentos devem ser corrigidos anualmente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indexador considera a inflação para famílias que ganham de um até cinco salários mínimos por mês.
Aqueles que recebem um salário mínimo do INSS tiveram o benefício reajustado em 10,18% a partir do dia 1º de janeiro. O aumento é levemente maior do que o de remunerações acima do piso nacional.
Vale destacar que somente aqueles que recebiam benefícios desde 1º de janeiro de 2021 terão direito ao reajuste completo. Quem foi contemplado a partir de fevereiro e não completou 12 meses cheios terá seus pagamentos corrigidos por percentuais diferentes:
Começou a receber em | Reajuste |
Até janeiro de 2021 | 10,16% |
em fevereiro de 2021 | 9,86% |
em março de 2021 | 8,97% |
em abril de 2021 | 8,04% |
em maio de 2021 | 7,63% |
em junho de 2021 | 6,61% |
em julho de 2021 | 5,97% |
em agosto de 2021 | 4,90% |
em setembro de 2021 | 3,99% |
em outubro de 2021 | 2,75% |
em novembro de 2021 | 1,58% |
em dezembro de 2021 | 0,73% |
Inflação oficial
Na última terça-feira, 18, o governo também divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2021, que ficou em 10,06%. O IPCA mede a inflação para brasileiros que recebem até 40 salários mínimos, por isso não é adotado para reajustar benefícios previdenciários.
Essa é a maior alta do índice desde 2015, quando chegou a 10,67%. A previsão do Banco Central era que o IPCA fecharia o ano em 9,99%, enquanto especialistas da Reuters estimavam a inflação em 9,97%.