As pesquisas na área de saúde nunca avançaram tanto quanto aconteceu nos últimos dois anos. O incentivo para o desenvolvimento de soluções que melhorem o combate à pandemia colocou a área médica em foco.
Na verdade, diversos estudos em saúde aconteciam, mas pouco se falava sobre a maioria deles. Recentemente, inclusive, pesquisadores descobriram uma função incrível do peptídeo Ric4 para ajudar quem sofre com diabetes.
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Com a participação de acadêmicos da USP e do Instituto de Ciências Biomédicas (IBC), a pesquisa encontrou dados interessantes. Essa pequena proteína (Ric4) é capaz de aumentar a sensibilidade da insulina. Esta ação potencializa a redução dos níveis de glicose (açúcar) presente no sangue. Este é justamente o efeito que qualquer pessoa diabética quer ver em seu organismo.
Proteína é capaz de reduzir a presença de açúcar no sangue humano
Os testes foram iniciados em animais, dentro do laboratório, e acarretaram uma patente para um futuro medicamento contra diabetes. Se os resultados continuarem na mesma linha, o medicamento com Ric4 pode substituir a injeção de insulina no futuro.
As informações foram publicadas em um artigo científico no dia 16 de dezembro, na revista especializada Pharmaceuticals.
A equipe de pesquisa é composta pelos pesquisadores: Participaram do estudo os pesquisadores e professores Renée Silva, Ricardo Llanos, Rosangela Eichler, Emer Ferro, Thiago Oliveira, William Festuccia e Fabio Gozzo.
Proteínas analisadas conseguem realizar ação parecida com a da insulina
Segundo informações divulgadas pelo Jornal da USP, os pesquisadores notaram que algumas proteínas intracelulares (InPeps) tinham ação hipoglicêmica. Em outras palavras, elas diminuíram a quantidade de glicose no sangue. Algumas dessas pequenas estruturas proteicas foram isoladas e submetidas para efeito em laboratório.
Duas delas, derivadas da Ric4 (Ric4-2 e Ric4-15) foram responsáveis por atuar de forma semelhante à insulina. Elas eram capazes de transportar o açúcar para fora da corrente sanguínea.
Esses peptídeos podem se tornar a solução futura para o tratamento do diabetes. O melhor é que o estudo foi produzido aqui mesmo, no Brasil.