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Efeito dominó: Aumento dos combustíveis impacta também quem não tem carro

Disparada nos preços acaba sendo repassada para outros segmentos até chegar no bolso do consumidor, sendo ele proprietário de um carro ou não.



O preço dos combustíveis no Brasil não param de subir. Com os conflitos da guerra na Ucrânia, o litro da gasolina, por exemplo, pode facilmente ser encontrada próxima dos R$ 9 em muitos postos. Dito isso, os brasileiros estão mudando os planos em relação ao uso de veículo próprio.

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No entanto, os impactos da escalada dos combustíveis não se aplicam apenas aos motoristas, mas na população brasileira em geral. E um dos setores mais afetados é o de logística, responsável por transportar pelas estradas basicamente tudo que é consumido e produzido no país.

De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes, o aumento na gasolina, etanol e diesel acaba sendo repassado para outros segmentos até chegar no bolso do consumidor, sendo ele proprietário de um carro ou não.

Preços de produtos básicos mais caros

Com o aumento dos combustíveis, os preços de produtos básicos, principalmente os alimentos, acabam subindo por tabela, dificultando o custo de vida dos brasileiros. Desde 2017 até agora, produtos da cesta básica da população aumentaram quase o dobro em comparação ao rendimento do trabalhador.

No geral, a subida acumulada chega a 37% para alimentos e bebidas, 38% para habitação, 36% para os transportes em geral e 77% no caso da gasolina. Em contrapartida, a remuneração média do trabalhador subiu apenas 19,7%.

Essa alta generalizada faz com que a inflação, que acelerou para 1,01% em fevereiro, aumentasse ainda mais os preços de produtos básicos e também daqueles que acompanham as correções pelos índices inflacionários. E para conter a inflação, a previsão é de que o Banco Central (BC) eleve ainda mais a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 11,75% ao ano – seu maior patamar desde 2017.

Por tudo isso, mesmo quem não possui um veículo na garagem, no fim das contas, acaba sentindo os impactos dos preços dos combustíveis, mesmo que indiretamente.

Além disso, a disparada nos preços dos barris de petróleo no mercado internacional – potencializada pela guerra na Ucrânia – e associada à política de preços da Petrobras, podem fazer com que um cenário de queda nos preços dos combustíveis fique cada vez mais distante.




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