A liberação do saque extraordinário segue de acordo com o previsto no calendário divulgado pela Caixa Econômica Federal.
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Já quem pretende usar o Sistema de Valores a Receber para resgatar ‘dinheiro esquecido’ pode ter que esperar mais um pouco, considerando que os servidores do Banco Central responsáveis pelo serviço decidiram pela continuidade da greve.
Outros assuntos para ficar de olho são o aumento do preço do diesel e o prazo para declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2022. Veja mais detalhes nos destaques do dia.
Novo saque de R$ 1 mil do FGTS
A Caixa deposita hoje até R$ 1 mil para cerca de 3,7 milhões de brasileiros nascidos em abril. O calendário do saque extraordinário do FGTS segue até o dia 15 de junho, com possibilidade de movimentar o dinheiro até 15 de dezembro.
Qualquer pessoa com saldo nas contas vinculadas poderá sacar, exceto quem usou os recursos em operações de crédito com garantia. Os repasses começaram no dia 20 de abril e ocorrem conforme com o mês de aniversário dos cotistas, de acordo com o calendário abaixo:
- Nascidos em janeiro – 20 de abril
- Nascidos em fevereiro – 30 de abril
- Nascidos em março – 4 de maio
- Nascidos em abril – 11 de maio
- Nascidos em maio – 14 de maio
- Nascidos em junho – 18 de maio
- Nascidos em julho – 21 de maio
- Nascidos em agosto – 25 de maio
- Nascidos em setembro – 28 de maio
- Nascidos em outubro – 1º de junho
- Nascidos em novembro – 8 de junho
- Nascidos em dezembro – 15 de junho
Para viabilizar o depósito, uma conta poupança no Caixa Tem será criada automaticamente no nome do trabalhador que ainda não tem uma. Por meio do aplicativo, é possível realizar pagamentos, transferências, compras com o cartão de débito e até gerar um código para saque em espécie.
O cidadão também tem a opção de solicitar a devolução do crédito se não quiser movimentar o FGTS agora. Basta acessar o Caixa Tem e fazer o pedido até o dia 10 de novembro, ou apenas aguardar até o fim da rodada.
Greve no Banco Central continua
Em uma assembleia realizada na última terça, 10, os servidores do Banco Central decidiram manter a greve por tempo indeterminado. “As razões para tal decisão foram a não abertura de mesa de negociação e a não apresentação de proposta oficial por parte do governo”, afirmou o sindicato que representa a categoria.
A paralisação começou no último dia 3, mas foi interrompido no dia 19 com a condição de que o governo federal enviasse uma proposta formal. Como isso não ocorreu, o movimento foi retomado.
“A greve tem adesão majoritária e vai continuar a afetar o boletim Focus, a divulgação da Ptax, a assinatura de processos de autorização no sistema financeiro, a realização de eventos e reuniões e outras atividades”, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fabio Faiad.
Sobre o Pix, o sindicato afirmou que as operações não serão interrompidas em virtude da greve.
Os trabalhadores do BC reivindicam reajuste de 27% nos salários a partir de julho, além de reestruturação de carreira. “Até o momento, não há nenhuma reunião marcada com o governo ou com o Roberto Campos Neto, apesar de nossos diversos pleitos nesse sentido”, acrescentou.
Petrobras reajusta diesel em 8,8%
Os preços do diesel nas refinarias da Petrobras foram reajustados em 8,8% pela petroleira. Com a mudança, o litro vendido às distribuidores passa de R$ 4,51 para R$ 4,91.
Esse é o terceiro aumento promovido pela empresa desde o início do ano. Apesar disso, ela garante que está repassando “apenas parte da elevação observada nos preços de mercado”, e afirma que o movimento é resultado de um aumento da demanda frente à oferta.
O presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o “Chorão”, afirma que o reajuste terá impacto no bolso dos consumidores.
“Mudou o preço na bomba a dona de casa já sente o aumento no dia seguinte na feira livre. Não é culpa do feirante ou do caminhoneiro, e sim do PPI da Petrobras”, disse ele, que também foi líder da greve da categoria em 2018.
Prazo para entregar a declaração do IR termina em 20 dias
O contribuinte que ainda não entregou a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2022 tem mais 20 dias para enviar o documento. O prazo vai até 31 de maio, mas cerca de 14 milhões de brasileiros ainda não prestaram contas com a Receita Federal.
A princípio, a última data para envio do IR seria o dia 29 de abril, mas o governo decidiu ampliar o limite até o fim de maio. Quem deixar de entregar na data correta está sujeito à multa.
Neste ano, deve declarar o IR o contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2021, desde que não tenha recebido o auxílio emergencial. O mesmo vale para quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado.
Além disso, também é obrigado a entregar o Imposto de Renda aquele que:
- Teve, em 2021, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural deve prestar contas.
- Tinha, até 31 de dezembro de 2021, a posse ou a propriedade de bens ou direitos de valor total superior a R$ 300 mil;
- Passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nesta condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2021 também devem declarar.
- Optou pela isenção do IR incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda, também precisa prestar contas ao Fisco.