A Petrobras anunciou mudanças na sua política de preços diante das pressão do governo para baixar o valor dos combustíveis. A partir de agora, os reajustes da estatal serão supervisionados pelo Conselho Fiscal e o Conselho de Administração da estatal.
Leia mais: Preço da gasolina recua 17,4% em julho e fica abaixo dos R$ 6
As mudanças nas diretrizes da companhia, no entanto, não alteram a composição de preço dos produtos, que se mantêm de acordo com as variações do mercado internacional, ou seja, com cotação em dólar.
Quais os impactos das mudanças? Gasolina pode abaixar?
Até então, quem estabelecia o preço dos combustíveis era o presidente da Petrobras, em conjunto com o diretor financeiro e o diretor de logística. Com a mudança, ainda não há como prever quais impactos a presença de ambos os conselhos terá sobre a composição do preço da gasolina e do diesel, por exemplo.
Segundo a Petrobras, a nova política de preços não prevê mudanças significativas, considerando que ela apenas formaliza uma prática já utilizada. Antes de tomar uma decisão, os executivos consultam os conselhos. Na prática, isso não garante uma queda iminente nos valores cobrados pela gasolina e o diesel.
Petrobras vai distribuir dividendos de mais de R$ 50 bilhões
Segundo informações preliminares do jornal O Globo, a Petrobras deve repassar os lucros da empresa, ou seja, os dividendos, aos acionistas nacionais e internacionais.
Atualmente, dados que trazem a composição acionária da empresa mostram que o investidor estrangeiro possui quase tanta parcela da Petrobras quanto o governo, que é o maior beneficiado da estatal.
Sendo assim, a expectativa é que o repasse dos lucros obtidos pela companhia sejam usados para compensar os gastos públicos presentes na PEC Kamikaze, como o aumento do Auxílio Brasil, ampliação do vale-gás, criação do BEm-Caminhoneiro e do BEm-Taxista.
