O vale-refeição é um dos benefícios mais necessários para que os profissionais tenham uma jornada decente de trabalho durante o dia. Não são todos que conseguem tirar do próprio bolso os valores necessários para comer da rua e tampouco para trazer o mesmo alimento de casa. Sendo assim, o vale é muito necessário.
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O valor tem ajudado, mas diante dos aumentos, alguns pedidos para que ele sofresse um aumento já foram registrados. Tendo em vista que o preço dos insumos e das refeições está em uma subida constante, os vales já não fazem o mesmo efeito. Graças a inflação, o poder de compra nem de longe é o mesmo de antes.
A boa notícia para os trabalhadores é que o valor desse benefício pode passar por uma mudança ainda neste ano.
Paulinho da Força (Solidariedade-SP), deputado federal, está com submetendo uma Medida Provisória que visa mudar um pouco as regras atuais do vales. Ainda em março, chegou às mãos do atual presidente, Jair Bolsonaro, a MP que foi analisada e acabou passando por algumas modificações.
A previsão é de que no dia 7 de agosto ela seja votada na Câmara dos Deputados, assim como no Senado. Com o prazo apertado, Paulinho pretende apresentar um relatório completo para que já no dia seguinte tudo já possa ser votado.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), o valor médio de uma refeição em nosso país pode girar em torno de R$ 40,64.
Com as refeições a esse preço, o vale fica longe de durar todo o mês. Embora o benefício deva servir para todos os dias de trabalho, fica comprovado que com refeições a esse valor, é possível comer em apenas 13 dias úteis.
Acredita-se que parte do porquê de o vale estar tão “desvalorizado” tem ligação com o avanço da pandemia.
A ideia da nova MP é fazer com que o benefício fique limitado a 30% a 50% do salário do trabalhador. A diferença da atual situação é que hoje não há qualquer tipo de limitação ao valor.
Caso a medida realmente entre em vigor, o vale-alimentação não seria o único a ser afetado. O vale-refeição também sofreria mudanças”
É importante ter em mente que além da limitação em questão, a medida também quer que os benefícios possam começar a ser depositados diretamente na conta de cada trabalhador ou até mesmo ser pago em dinheiro vivo.
No entanto o governo alerta a todos que o benefício deve ser usado somente para a compra de alimentos. Tentar burlar essas regras pode gerar problemas para o trabalhador.