A alimentação é um ponto fundamental para a saúde humana. No entanto, quando pensamos na qualidade da parte psicológica, dificilmente os alimentos são as primeiras coisas que vem à mente. Porém, as dietas podem interferir diretamente na saúde mental de uma pessoa.
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O desejo de comer, o tipo de alimentação e até a maneira como se come podem revelar detalhes importantes relacionados à psique humana. Para entender melhor o assunto, separamos dois exemplos que vão fazer bastante sentido e que foram publicados no site especializado em saúde mental Psychology Today.
1 – Alimentação pode resultar no isolamento social
Existe uma infinidade de alimentos e modelos de alimentação atualmente. Várias pessoas são vegetarianas, veganas, intolerantes a lactose, seguem dietas low carb e tantas outras. Dificilmente será possível afirmar que a diversidade é ruim para a saúde mental.
Contudo, existem pesquisas que demonstram como as restrições alimentares específicas são capazes de aumentar o sentimento de solidão e o isolamento social.
“O consumo de alimentos é uma atividade inerentemente social – pois as pessoas geralmente adquirem, preparam e comem alimentos em contextos sociais”, afirma os pesquisadores Kaitlin Woolley, Ayelet Fishbach e Rongham Michelle Wang. “Descobrimos que as restrições alimentares predizem a solidão. As pessoas que são incapazes de comer o que os outros comem, até certo ponto, são menos capazes de se relacionar com os outros durante a refeição.”
Se a sua alimentação tem interferido negativamente no convívio, é importante rever certos hábitos e buscar aconselhamento profissional.
2 – Ser saudável demais pode não ser bom
Essa afirmação soa como algo absurdo, mas alimentação saudável extrema é algo que não faz tão bem para sua saúde mental. Pessoas que se preocupam demais com a qualidade dos alimentos podem sofrer com um transtorno conhecido como ortorexia nervosa.
“A ortorexia nervosa é um tipo de transtorno alimentar que pode facilmente se esconder atrás da premissa de alimentação limpa ou alimentação saudável”, explica a Dra. Wendy Oliver-Pyatt, diretora médica da Within Health.
“O aspecto social de comer e o prazer de comer são considerados irrelevantes para o doente, que renunciará a interações sociais e aspectos potencialmente significativos e importantes da vida para buscar uma alimentação saudável”, diz ela. “O hiper-foco nos ingredientes dos alimentos priva a pessoa da experiência humana, vivida e alegre de comer”, acrescentou.
Consertar a relação com a comida é fundamental para pessoas que se enquadram nessa condição alimentar.