O consumidor brasileiro está cansado de se assustar com os preços dos alimentos toda vez que vai às compras. As novas vilãs do orçamento das famílias são as frutas, que ficaram 4,4% mais caras em julho.
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve baixa no mês passado, mas o movimento não foi geral. Dos 13 itens que compõe a cesta básica, 12 tiveram alta em julho.
O que justifica esse aumento tão grande nos preços das frutas e outros alimentos? São dois fatores principais: o alto custo de produção e clima desfavorável.
Aumento no custo de produção
Cultivar produtos alimentícios está mais caro no Brasil por conta do câmbio, que eleva os valores dos fertilizantes para os produtores. Outra coisa que pressiona as cotações e agrava o aumento nos preços é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que desequilibrou a cadeia global de combustíveis.
De acordo com os dados do IBGE, o preço das frutas subiu 35,36% em 12 meses. No acumulado de janeiro a julho, a alta chega a 13,15%.
E o clima?
O segundo componente dessa equação é o clima do país, que está inadequado para o cultivo de exemplares como melão, mamão ou banana. Além disso, a demanda por frutas como essas aumenta quando o tempo está quente, e os fornecedores se aproveitam da procura para levar os preços.
Dicas para economizar
Uma estratégia para economizar com as frutas é sempre comprar as que são da estação, diz o chefe de seção de economia da Ceagesp, Thiago de Oliveira. Por conta da grande oferta, o cliente consegue preços melhores.
Especialistas sinalizam que os preços devem cair nos próximos meses, especialmente com o aquecimento da economia após a liberação do Auxílio Brasil turbinado. O que resta agora é esperar.