A partir desta segunda-feira, 31, caminhoneiros vão se reunir para discutir sobre uma possível greve da categoria como forma de protesto pela vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma liderança do movimento de transportadores autônomos, que pediu sigilo, repassou a informação para o jornal O TEMPO.
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As mobilizações já começaram em algumas rodovias do país, em estados como Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais. Conforme o relato, a reunião para analisar os rumos da movimentação deve acontecer na parte da manhã.
“Estamos acompanhando, monitorando. Ainda não tivemos tempo de reunir. Mas está sim acontecendo muito mais que uma manifestação de caminhoneiros. É uma manifestação de brasileiros em si”, disse um dos caminhoneiros.
Atos em protesto ao STF
O representante do setor também explicou que a paralisação dos caminhoneiros é uma forma de protestar contra os abusos de poder do Supremo Tribunal Federal (STF), no que foi considerada uma insatisfação “acumulada”.
“O caminhoneiro está manifestando a revolta daquilo que não veio a acontecer no 7 de setembro desse ano e do ano passado e agora temos uma eleição muito questionada e questionável”, falou o homem que destacou a falta de voto impresso, rejeitada pelo Congresso Federal.
Há manifestações na BR-277 no Paraná, BR-163 em Goiás, na BR-101 em Santa Catarina e um ato na BR-381, em Ipatinga, interior de Minas Gerais.
Possibilidade de greve
A respeito da possibilidade de uma greve da categoria, o representante disse que pode haver uma escalada do movimento, sobretudo com o apoio da população. “Estamos aguardando o pronunciamento do Exército, que fez uma auditoria das urnas e ainda não apresentou os resultados, seja pelo turno ou segundo turno”, completou.
Os caminhoneiros também falam de uma possível negativa para voto em trânsito dos trabalhadores da categoria, além de uma mobilização em apoio ao presidente Bolsonaro após a derrota nas urnas.