As contas do governo fecharam outubro no azul, em R$ 30,8 bilhões. É o melhor desempenho para o mês desde o ano de 2016, quando registrou R$ 55,104 bilhões. O resultado compreende o Tesouro Nacional, Previdência Social e também o Banco Central.
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Com os valores corrigidos pela inflação, o resultado é o terceiro melhor para o mês de outubro desde 1997 – início da série histórica. No mês de outubro, as receitas tiveram alta de 2,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Contas no azul
Na semana passada, o Ministério da Economia cortou mais de R$ 5,7 bilhões em gastos. Representantes de alguns órgãos reclamaram que a decisão pelos cortes afetou alguns serviços públicos, como a emissão de passaportes e a manutenção de universidades. Isso porque o bloqueio total em 2022 chega a R$ 15,4 bilhões.
O secretário do Tesouro, Paulo Valle, disse que irá tentar até este mês de dezembro fazer a liberação de “recursos empoçados”. Os bons resultados, segundo os especialistas em economia, dão esperança de um futuro mais otimista em relação às contas do governo no azul, que podem se sustentar.
No acumulado do ano, o resultado primário registrou superávit de mais de R$ 64 bilhões. É o melhor desde 2012. O Ministério da Economia prometeu entregar o superávit de R$ 23,361 bilhões.
“A estimativa oficial é de superávit de R$ 23,361 bilhões, mas dissemos que poderia chegar a R$ 40 bilhões e já estamos em R$ 64 bilhões”, segundo o secretário do Tesouro.
Ainda de acordo com informações do Tesouro Nacional, caso a estimativa seja confirmada, o governo terá conseguido acabar com a trajetória de oito anos de contas no vermelho.
Além disso, o bom resultado pode ter impacto nos próximos dois a três anos de forma a deixar a dívida pública sustentável. Tudo vai depender das próximas ações que forem adotadas pelo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).