Os brasileiros deixaram de resgatar uma boa fortuna referente a grupos de consórcios. Segundo o Panorama do Sistema de Consórcio do Banco Central, R$ 2,16 bilhões em recursos não procurados estão “esquecidos” por ex-participantes.
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Os créditos envolvem juros, multas, rateio do fundo ou rendimentos que não foram retirados após a contemplação ou encerramento dos grupos até o fim de 2021.
Desde 2008, a Lei dos Consórcios autoriza as empresas administradoras dos valores a cobrarem taxas para manutenção do dinheiro não resgatado. O documento divulgado pelo BC mostra que essas taxas somaram R$ 943 milhões no ano passado.
Consórcios em 2021
O volume de cotas ativas de consórcios atingiu incríveis 8,48 milhões em 2021, aumento de 6,9% em relação ao ano anterior. Desse total, 4,02 milhões são de automóveis; 2,38 milhões de motocicletas; 1,28 milhão de imóveis; e 867 mil de veículos pesados, eletroeletrônicos, bens duráveis e serviços.
O relatório destaca que, apesar do impacto da pandemia, esse tipo de crédito continuou crescendo e “demonstrando ser uma importante modalidade de financiamento para aquisição de bens, assim como um relevante instrumento de inclusão financeira, especialmente no subsegmento de motocicletas”.
A carteira total dos consórcios somou R$ 75,8 bilhões em dezembro de 2021, crescimento de 22,8% em um ano. Já a inadimplência recuou de 2,54% para 2,50%, enquanto o prazo médio teve alta de 119 para 131 meses. O médio dos créditos subiu para R$ 55,3 mil, aumento de 28% na mesma comparação.