Lula optou por aumento do preço dos combustíveis já em 1º de janeiro, diz ministro

Sem a desoneração sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, gasolina pode aumentar R$ 0,69 no primeiro dia do novo governo, prevê Sachsida.



Atenção, motoristas! Está previsto um aumento do preço dos combustíveis nos próximos dias. Em vídeo publicado ontem (28) nas redes sociais, o atual ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende prorrogar o corte dos impostos federais.

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Se a decisão se concretizar, a volta dos tributos federais sobre combustíveis pode elevar em até R$ 0,69 o preço do litro da gasolina, em R$ 0,33 o preço do diesel e R$ 0,24 o preço do etanol já no domingo (1º).

Isso porque a desoneração dos impostos foi sancionada em março por Jair Bolsonaro (PL) para ajudar a conter o preço da gasolina, mas sua vigência termina no dia 31 de dezembro, ou seja, neste sábado. “Por determinação do novo governo, nós não poderemos editar uma medida provisória prorrogando a isenção de PIS e Cofins sobre combustíveis”, afirmou.

Anúncio de aumento dos combustíveis causou reações no setor

A fala do ministro trouxe surpresa, já que na última terça-feira (27) o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia afirmado que pretendia discutir com Lula a possibilidade de prorrogação da validade da isenção.

O assunto foi debatido com a equipe do atual ministro da Economia, Paulo Guedes, mas ainda não há definição sobre o tema. A previsão é que a prorrogação fosse de 30 dias, tempo que Haddad considerou suficiente para encontrar outra saída para o cálculo preço dos combustíveis no país.

Com a fala do ministro, o Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região) enviou um comunicado aos revendedores ainda na quarta-feira (28) em que analisa o impacto da decisão do novo governo sobre o comércio de combustíveis. A nota constata que haverá elevação dos preços para o consumidor final.

O comunicado, assinado pelo presidente da entidade, Emílio Martins, leva em consideração a decisão de que não será tomada, de forma imediata, nenhuma medida para a prorrogação da redução dos valores dos tributos federais a partir de 1º de janeiro. Com isso, “todos os combustíveis estarão com seus preços majorados, em função do retorno desses tributos na composição dos custos de aquisição”.




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