Aprovada no fim do governo de Jair Bolsonaro, as novas regras para uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) devem começar a valer em breve. Em outubro do ano passado, foi aprovada a proposta que regulamenta a utilização de depósitos futuros do fundo para pagamento de prestações da casa própria.
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Em outras palavras, os trabalhadores que financiaram um imóvel pelo programa Casa Verde Amarela poderão utilizar os recursos para ampliar sua capacidade de pagamento. Vale destacar que a iniciativa deve recuperar o nome Minha Casa, Minha Vida em breve.
Para usufruir do chamado FGTS futuro, o cidadão deve ter renda de até R$ 2.400, ou seja, se enquadrar no Grupo 1 do programa habitacional da Caixa Econômica Federal. Em breve, a opção pode ser expandida para mais gente.
Regras do FGTS futuro
Funciona assim: na hora de comprar a casa própria, o trabalhador poderá contar com os valores que ainda não foram depositados no seu FGTS para aumentar a parcela e concluir o pagamento mais cedo. Confira uma simulação feita pelo governo anterior:
- Salário do contratante: R$ 2.000;
- Valor da parcela agora: R$ 450;
- Valor da parcela com o FGTS futuro: R$ 600.
Segundo a ferramenta de monitoramento de dados Data Zap+, cerca de 10,9 milhões de brasileiros poderão utilizar essa opção. Contudo, é preciso ter alguns cuidados antes.
Cuidados
Antes de usar o FGTS futuro, o trabalhador deve considerar que ficará sem o saldo comprometido em caso de demissão sem justa causa. Ele também precisará renegociar a dívida se for dispensado pelo patrão, já que não poderá mais contar com os depósitos mensais.
A decisão deve ser tomada com muita cautela, uma vez que o objetivo do fundo é ajudar o cidadão a morar no que é seu, e não deixá-lo endividado. A Caixa deve publicar as regras da modalidade ainda em dezembro e a previsão é que ela fique disponível até abril (até 90 dias após a publicação).