Real digital vai travar guerra com os bancos? Veja como ele será vendido

Além do Real digital, moedas do tipo CBDC estão sendo desenhadas em 90 países, em diferentes estágios. Veja como está sendo preparado para o Brasil.



Já acostumado com o Pix, o brasileiro poderá ver, em breve, mais uma inovação tecnológica voltada para o mercado financeiro nacional: o Real digital. O Banco Central (BC) está desenvolvendo a moeda, que deve ter um piloto ainda neste semestre e seu lançamento oficial ao longo de 2024.

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A novidade segue os moldes do que é conhecido como moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) e segue modelos que estão surgindo em diversas nações ao redor do mundo, principalmente com os avanços trazidos pelas criptomoedas e blockchain.

O projeto tem como foco a inclusão financeira de brasileiros, tirando pessoas da informalidade. Essa é também a visão da maioria das CBDCs no mundo.

Até o momento, apenas dois bancos centrais lançaram moedas digitais: o das Bahamas, com a sand dollar, e o da Jamaica, com a jam-dex.

Como deve funcionar o Real digital?

A experiência de uma CBDC é algo inédito no Brasil. Enquanto o Pix teve um paralelo com operações de TED e DOC, sendo visto como uma evolução, o Real digital vem de um lugar ainda desconhecido para o público em geral.

O que se sabe é que a moeda digital brasileira terá os bancos como intermediários. No nosso modelo, os bancos terão acesso ao Real digital junto ao Banco Central e oferecerão à população tokens que usam uma base chamada stablecoins, criptomoeadas indexadas ao valor de um outro ativo. No nosso caso, um token de Real digital deve valer R$ 1.

A proposta tem sido elogiada internacionalmente por preservar o papel dos bancos. Em muitos países, a moeda digital pode ser comprada direto pela população com o BC.

Agora, os serviços oferecidos aos consumidores devem ser discutidos entre o BC brasileiro e as entidades que aceitaram participar da fase de prova de conceito do Real digital, que termina em fevereiro.




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