O Nubank deixou muitos clientes e profissionais decepcionados ao anunciar a demissão de 40 funcionários do setor de assessoria de investimento. Embora o número seja pequeno, considerando que o quadro da empresa é de 8 mil trabalhadores, o impacto é grande na vida dessas dezenas famílias.
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No fim de 2022, a fintech havia demitido 22 funcionários da área de RH e de captação de talentos. Na época, a CEO de operações do banco digital no Brasil, Cristina Junqueira, afirmou que decisão visava promover “ajustes pequenos e pontuais”.
Procurada pelo jornal Valor Econômico, a instituição afirmou que decidiu encerrar o serviço após “cuidadosa avaliação”, já que ele “estava disponível para uma pequena parcela de clientes”.
“Na prática, os clientes seguem com seus recursos devidamente aplicados nos investimentos escolhidos, tendo acesso aos apps Nubank e NuInvest, assim como nossas plataformas de conteúdo, onde podem obter extenso material sobre investimentos e educação financeira”, informou o banco.
A instituição também informou que ampliou sua equipe de 6 mil para 8 mil funcionários no ano passado e que continua contratando “no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023”.
Efeito Americanas
Recentemente, a empresa foi alvo de críticas após seu fundo de investimento Nu Reserva Imediata apresentar rentabilidade negativa. A queda ocorreu após o anúncio de um rombo bilionários na Americanas, cujas debêntures, que tiveram queda histórica, faziam parte da carteira do fundo.
Na última terça-feira, 31, o fundador do Nubank, David Vélez, se recusou a conversar com a impressa até a publicação do balanço da instituição. A divulgação está marcada para o dia 14 de fevereiro.
Startup mais valiosa
Mesmo após o escândalo relacionado à Americanas, o Nubank segue sendo a startup brasileira mais valiosa, com valor de mercado estimado em 21,76 bilhões de dólares (R$ 110,97 bilhões de reais).