Manter um automóvel no Brasil está cada dia mais caro. Desta vez, pesquisa aponta que os preços do seguros de automóveis cresceram 15% no último ano. Em 2022 como um todo, o aumento consolidado atingiu a marca de 12,3%.
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Os dados fazem parte do Índice de Preços do Seguro de Automóvel (IPSA), organizado pela TEx, uma plataforma de inteligência de dados.
Fatores que influem no valor do seguro
Esse aumento está ligado diretamente a efeitos ainda decorrentes da pandemia. Igualmente, o avanço da sinistralidade diante da reabertura da economia e da volta da circulação de carros nas ruas também trouxe impactos para a falta de peças e outros componentes no período. Vale lembrar que este cenário ainda hoje influencia a cadeia produtiva do setor.
Nesse sentido, há notícias de interrupções na produção de automóveis por parte das montadoras. Isso ocorreu, inclusive, por falta de peças, diminuindo a quantidade de veículos novos prontos para compra. Na prática, tal ação afetou o preço dos veículos, assim como impactou o valor final dos serviços de seguro.
Isso ocorre porque as seguradoras fazem a precificação dos seguros a partir dos preços especificados na tabela Fipe, que define o preço médio dos veículos no mercado nacional. Entretanto, com o aumento do valor dos veículos, os sinistros voltaram a aumentar porque foi preciso pagar valores maiores do que o precificado anteriormente.
Mas, não para por aí…
Ao analisar o cenário macroeconômico, outros fatores como o perfil dos clientes também influenciam no valor final do seguro. Isso porque, características como idade e local onde vivem, por exemplo, entram nesse cálculo. Isso porque, há uma variação, por exemplo, do índice de roubos de veículos entre diferentes cidades ou até mesmo bairros.
Outro fator é a idade: os dados do IPSA demonstram, em suma, que pessoas que moram na mesma região, porém tem idades diferentes, receberão orçamentos distintos para um mesmo veículo.
Por fim, as características do veículo, como idade e valor de tabela Fipe, também alteram o cálculo de preço do seguro. Por exemplo, veículos híbridos ou elétricos tem um seguro, em média, 30% mais baratos que um movido à gasolina. Isso se deve a fatores como o fato de o número de furtos ser menor.