Os motoristas brasileiros estão vivendo um período complicado desde o início de março. No último dia 1º, o governo federal retomou a cobrança de impostos federais sobre a gasolina e o etanol, decisão cujo impacto já pode ser sentido na hora de abastecer o veículo.
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Somente na primeira quinzena do mês, o preço médio da gasolina disparou 9,04% em relação ao fechamento de fevereiro, mostra o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Com o acréscimo, a média nacional subiu para R$ 5,88 o litro.
A alta mais expressiva ocorreu no Norte, onde o combustível era vendido ao preço médio de R$ 6,23 o litro (+9,85%). Já no Sudeste, região mais populosa do país, o acréscimo foi de 8,49% no mesmo período.
O movimento é resultado do fim da desoneração dos impostos federais PIS e Cofins, adotada no ano passado e prorrogada em janeiro. O governo retomou a cobrança dos tributos, para evitar a perda de R$ 30 bilhões em arrecadação até o final deste ano.
Indícios de queda
Apesar do aumento expressivo na primeira metade do mês, uma pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que os preços podem estar começando a se estabilizar. Entre os dias 12 e 18 de março, a gasolina recuou 0,53% na comparação com a semana anterior.
Na última quinta-feira, 23, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sinalizou que a estatal pode baixar o preço do combustível vendido em suas refinarias.
“Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política agora. É mercado nacional que é composto de produto aqui e produto importado. É preço de mercado brasileiro. Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para vender para o nosso cliente, o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”, afirmou.
O ministro não confirmou o corte para este mês, mas disse apenas que tem “uma equipe que trabalha nisso”. A decisão pode ajudar a compensar o aumento dos últimos dias.