Uma empresa americana de foguetes se viu em uma situação totalmente complicada nos últimos dias. A Virgin Orbit anunciou a demissão de 85% do seu quadro de funcionários, o que fez suas ações sofrerem uma forte desvalorização na bolsa de valores norte-americana.
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Após o anúncio feito na última quinta-feira, 30, os papeis da companhia forem negociados a US$ 0,19 na bolsa de Nasdaq, em Nova York. No pregão do dia seguinte, as ações desvalorizaram ainda mais, atingindo o baixíssimo valor de US$ 0,04.
O impacto da demissão em massa foi profundo no valor de mercado da Virgin Orbit, que já está com problemas para garantir sua sobrevivência.
Segundo a própria empresa, a decisão de dispensar 85% dos funcionários é resultado da dificuldade em conseguir financiamento para manter suas operações. As atividades da companhia de lançamento de satélites foram interrompidas há algumas semanas, e desde então ela busca por investidores.
A Virgin Orbit surgiu em 2017, originada da Virgin Galactic do bilionário Richard Branson, que detém 75% da empresa. Seu segundo maior acionista é um fundo soberano dos Emirados Árabes, que possui 18% de participação.
À Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a companhia anunciou que arrecadou US$ 11 milhões para bancar as despesas com a demissão de 675 empregados.
Falência
Por não ter conseguido garantir os financiamentos necessários para se recuperar da falha em um foguete em janeiro, a empresa com sede em Long Beach, Califórnia, entrou com pedido de recuperação judicial na última terça, 4. O processo corre no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware.
Momento complicado
A situação demonstra como o mercado é difícil para companhias que dependem de investimentos externos. Embora o setor espacial tenha se destacado e ampliado sua competitividade nos últimos anos, mais empresas promissoras podem enfrentar a mesma situação da Virgin Orbit.
