A onda de demissão em massa chegou a mais uma gigante mundial, a 3M. A empresa, que atua em seis diferentes grandes mercados, anunciou que vai dispensar cerca de 6.000 funcionários ao redor do mundo, estratégia ligada a um plano de reestruturação.
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Somente em janeiro deste ano, a multinacional de tecnologia para setores como transporte e eletrônica, segurança e indústria e saúde demitiu 2.500 funcionários. A situação é preocupante inclusive no Brasil, onde sua presença é forte.
A decisão da 3M é mais uma amostra do reflexo da crise no setor manufatureiro, que se prepara para uma possível recessão e consequente redução na demanda por mercadorias.
A Dow, sua principal concorrente, também realizou milhares de demissões nos últimos meses. Em janeiro, a empresa afirmou que o plano é economizar US$ 1 bilhão em 2023.
Economia e fortalecimento
Em comunicado, a multinacional informou que espera economizar US$ 900 milhões por ano em impostos com as demissões. Ela também afirmou que a simplificação da cadeia de suprimentos e a redução dos níveis de gerenciamento deixará a companhia “mais forte, mais enxuta e mais focada”.
“Espera-se que essas ações reduzam significativamente os custos e impulsionem a melhoria de longo prazo nas margens e fluxo de caixa, ao mesmo tempo em que permitem uma estrutura mais eficiente e eficaz para impulsionar o crescimento de longo prazo”, justificou a 3M.
A companhia já registrou queda de 9% nas vendas do primeiro trimestre deste ano, e a expectativa é fechar 2023 com recuo de 6%. Por isso, a estratégia agora é priorizar os produtos com mais demanda, como aqueles com tecnologia climática e embalagens sustentáveis.