Com a chegada do inverno, as chuvas intensas chamam a atenção do noticiário nacional. Isto colocou em evidência Buriticupu, uma cidade que sofre com grandes desmoronamentos. A coisa é tão assustadora que esta cidade brasileira pode desaparecer daqui a alguns anos. Conheça mais sobre ela e saiba por que isto pode acontecer.
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Como é Buriticupu?
A cidade fica no Maranhão, há uma distância de 417km da capital São Luís. Segundo levantamento do IBGE em 2020, Buriticupu tem cerca de 73 mil habitantes. De fundação recente, em 1994, a cidade maranhense compreende uma área de 2.545 km². Com esta estrutura de média cidade, Buriticupu sofre de um problema sério.
Próxima a completar 30 anos, a cidade pode desaparecer devido a um fenômeno geológico que a assola por muito tempo e se aprofunda no inverno, com muitas chuvas fortes. Saiba o que é.
Por que Buriticupu pode desaparecer?
A cidade maranhense sofre de um fenômeno chamado voçoroca. Trata-se de uma grande erosão no solo que se deu pelo acúmulo de água e pela força da chuva. Aos poucos, pequenas aberturas no interior do solo proporcionadas pela água da chuva dão lugar a crateras que desmoronam tudo que está acima dele.
Para especialistas, as voçorocas são resultantes de uma combinação de fatores: desmatamento, relevo cheio de declives, solo arenoso e ocupação desordenada. Este é o caso de Buriticupu.
A cada ano, as voçorocas avançam cinco metros. Na cidade, já engoliram três ruas e mais de 50 casas ao longo dos anos. Especialistas computam a existência de 26 crateras gigantes que assustam a população.
Com as últimas chuvas, a cidade entrou em estado de calamidade pública pelo governo federal. São 220 famílias em risco de vida porque perderão suas casas para as crateras.
Junto à Prefeitura, a população implora por providências. A União aprovou a assistência social dessas famílias com cerca de 687 mil reais. O dinheiro será utilizado para manutenção de abrigos e casas alugadas para quem precisa deixar suas moradias que estão em área de risco.
Além disso, a Prefeitura, o Estado do Maranhão e o governo federal tentam tomar medidas paliativas. Reúnem uma equipe para estudar as áreas onde as voçorocas avançam a fim de fazer uma intervenção efetiva além de promoverem a realocação da população.