Você acredita? Shein diz que peça brasileira pode ter preço igual a da China (ou até menor)

Em entrevista, sócio da Shein garante que peça brasileira terá preço igual ou ainda menor que as atuais importadas da China.



Marcelo Claure, sócio da varejista asiática Shein e presidente da empresa no Brasil e América Latina, deu uma declaração no mínimo intrigante. O executivo revelou que a peça brasileira, ou seja, a roupa fabricada no Brasil pela marca pode ter o mesmo preço ou até ser mais barata do que as peças importadas da China.

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Em entrevista recente à Folha de S. Paulo, Claure expressou a ambição de transformar o Brasil em um dos principais polos de produção e distribuição global da Shein, destacando que o país possui todos os recursos necessários, como matéria-prima de alta qualidade, incluindo algodão, poliéster e jeans.

“Meu sonho é que tenhamos designers brasileiros, tecidos brasileiros, fabricação brasileira e a venda dos produtos em todo o mundo. Estamos perto de conseguir isso”, chegou a afirmar.

Embora seja mais barato produzir roupas na China, Claure ressalta que o custo de logística para trazer as peças da Ásia para o Brasil é alto. Aí pode estar o segredo para conseguir bons preços mesmo com peças produzidas aqui.

Peça brasileira mais barata na Shein? E os impostos?

Sobre os impostos, o executivo afirma que as economias obtidas na logística permitem que a Shein pague os custos mais elevados de produção no Brasil, incluindo os tão temidos e falados impostos.

Atualmente, a Shein já possui 151 fábricas exclusivas trabalhando para a varejista online. Claure anunciou o compromisso da empresa em investir R$ 750 milhões nos próximos três anos, com a contratação de 2.000 fábricas no país.

O Brasil já é um dos cinco principais mercados da Shein em todo o mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Arábia Saudita, França e Inglaterra. “O Brasil está sendo uma plataforma de inovação para a Shein como um todo”, diz ele. “É o primeiro país onde estamos produzindo localmente fora da China e um dos três primeiros a contar com um marketplace local –os outros são Turquia e Estados Unidos”, afirma.

Quanto às acusações de concorrência desleal e pirataria feitas por empresários brasileiros contra sites asiáticos, Claure defende o modelo disruptivo da Shein, que se baseia na produção sob demanda, digitalização e integração com fornecedores, usando inteligência artificial para reduzir o estoque a quase zero. Ele enfatiza que a empresa é ágil e sugere que os empresários brasileiros deveriam rever seus modelos de produção em vez de criticar.




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