O combate à pirataria de conteúdos audiovisuais ganhará mais força a partir do próximo mês. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Cinema (Ancine) fecharam uma parceria para reduzir o uso de IPTV e TV Box ilegais.
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A ideia do órgão regulador é bloquear as transmissões irregulares e desmotivar os consumidores a usarem esses meios na tentativa de acessar canais e serviços de streaming. Somente entre 2021 e 2022, mais de 6 milhões de aparelhos não homologados foram apreendidos, sendo 1,5 milhões de TV Box.
O novo capítulo da luta contra a pirataria audiovisual começou com a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre as duas agências, que prometem intensificar as ações. Saiba como isso será feito.
Bloqueio ao vivo
Além de apreender equipamentos ilegais, a Anatel vai inaugurar um laboratório para realizar o bloqueio de transmissões irregulares ao vivo. A intenção é derrubar o sinal de TVs por assinatura ou serviços de streamings no momento em que eles estão sendo transmitidos.
“Estamos concluindo a montagem de um laboratório dentro da agência para bloquear conteúdos ao vivo. Isso é de extrema importância”, informou Moisés Moreira, conselheiro da agência.
As ações terão como foco as quartas-feiras de futebol e os finais de semana, quando a audiência costuma aumentar. Ao suspender a transmissão no meio do jogo ou do filme, o plano é desmotivar a contratação dos serviços não homologados.
Ação rápida
Segundo o conselheiro, o bloqueio do sinal será feito muito rapidamente, mas ele não informou detalhes sobre o processo, já que isso poderia expor o método utilizado pelo órgão.
“Vamos poder trabalhar em parceria e começar a mandar bloquear esses canais de forma imediata, por exemplo, quando tem um jogo ao vivo, uma coisa que não pode demorar mais do que meia hora. Se levar duas horas, já acabou o jogo. Então, vamos começar a fazer esse tipo de ação também”, acrescentou Moreira.
Como evitar o problema
A única maneira de não acabar ficando sem o sinal é utilizar um serviço de IPTV ou TV Box homologado pela Anatel. Existem diversas opções no mercado que são autorizadas a operar e não “roubam” o sinal das emissoras.
Segundo a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), cerca de 6 milhões de famílias utilizam o chamado “gatonet” no Brasil, causando perdas de R$ 15 bilhões por ano aos mercados de telecomunicações e audiovisual. O número deve ser reduzido após as novas investidas das agências reguladoras.
