A surpresa de muitas famílias neste mês foi acessar a conta bancária e descobrir que seu Bolsa Família foi suspenso. Apesar do desespero bater no primeiro momento, é importante manter a calma para descobrir o que levou ao bloqueio do benefício.
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A medida possivelmente estará ligada ao pente-fino que o governo federal iniciou no começo do ano e segue realizando desde então. Esse processo visa evitar pagamentos fraudulentos e remover o cadastro de pessoas que não dependem do programa social.
O objetivo final é garantir que os recursos do Bolsa Família sejam destinados, de fato, às famílias em vulnerabilidade social que realmente precisam dos pagamentos.
Fui bloqueado, e agora?
Primeiramente, é necessário saber que nem todo bloqueio significa um cancelamento permanente. Em alguns casos, existe um problema que pode ser resolvido pelo responsável pela família, gerando a volta dos repasses, incluindo a devolução dos valores retroativos.
Em geral, os motivos mais comuns para a interrupção dos depósitos são:
- Aumento da renda familiar para acima do limite de R$ 218;
- Desrespeito às condicionalidades;
- Cadastro Único desatualizado por mais de 24 meses.
Logo de início, a recomendação é acessar o aplicativo do Bolsa Família para descobrir a razão do bloqueio. O beneficiário também pode se informar ligando para a central de atendimento 0800 707 2003, ou se dirigindo ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo.
Que atitudes tomar?
Se houve aumento na renda familiar, a saída é ir ao CRAS e solicitar a atualização dos dados. Caso o valor não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa (R$ 606), a família pode ser incluída na regra de proteção que garante o pagamento de metade do valor do benefício por até dois anos quando alguém consegue um emprego formal.
Já se o problema foi a quebra de alguma das condicionalidades, reúna os documentos comprobatórios e leve ao CRAS. Lembre-se que os compromissos incluem manter a vacinação e a frequência dos filhos em dia e realizar o acompanhamento nutricional de crianças, além do pré-natal de gestantes.
Por fim, se o problema foi a falta de atualização do CadÚnico, a solução também é comparecer ao CRAS para apresentar novos comprovantes e atualizar os dados.