A inflação desacelera em junho, registrando a menor taxa desde setembro de 2022, de acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial, divulgado nesta terça-feira (27) pelo IBGE.
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O índice ficou em 0,04%, marcando o quarto mês consecutivo de desaceleração, após registrar 0,51% em maio. Essa é a menor variação mensal desde setembro do ano passado, quando houve uma deflação de 0,37%.
A queda na inflação foi impulsionada pelo preço da gasolina, que teve uma redução de 3,4% no mês e foi o item com maior impacto individual. Outros combustíveis também registraram queda: óleo diesel (-8,29%), etanol (-4,89%) e gás veicular (-2,16%). Além disso, os preços de automóveis novos tiveram uma redução de 0,84%.
Inflação desacelera, mas habitação e passagens aéreas aumentam
Em junho, três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação: transportes (-0,55%), alimentação e bebidas (-0,51%) e artigos de residência (-0,01%). Por outro lado, o grupo habitação registrou a maior alta, com 0,96%. Destacam-se nesse grupo os aumentos nas taxas de água e esgoto em algumas cidades, assim como na energia elétrica em outras.
Já as passagens aéreas tiveram um aumento de 10,70% em junho, após uma queda de 17,26% em maio. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses anteriores, representando o menor valor acumulado desde setembro de 2020, que foi de 2,65%.
O IPCA-15 é calculado considerando 465 produtos e serviços e mede a inflação para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. Ele abrange diversas regiões metropolitanas do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Belém, além de Brasília e do município de Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, que é a inflação oficial do país, diferenciando-se apenas no período de coleta de preços e nas cidades pesquisadas.