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Sejam ricos ou pobres, estudo diz que conservadores são mais felizes

Descubra os resultados de uma pesquisa que revela a relação entre conservadorismo e felicidade, desmistificando o papel do status social.



Conservadores são mais felizes, independentemente de sua posição socioeconômica, conclui um estudo abrangente envolvendo quase dois milhões de pessoas em 121 países. Essa descoberta, que vem reforçar uma suspeita levantada há anos no campo da psicologia social, foi resultado de uma análise minuciosa de 1.627 estudos realizados por um grupo de renomados psicólogos.

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Conservadorismo e felicidade

Os resultados revelaram uma associação significativa e consistente entre o conservadorismo e a felicidade. Surpreendentemente, essa relação se manteve tanto entre os indivíduos de status social mais alto quanto entre os de status mais baixo. Em outras palavras, ser conservador foi identificado como um fator que contribui para uma maior probabilidade de bem-estar, independentemente da condição financeira.

Uma suposição anterior era a de que a felicidade associada ao conservadorismo poderia ser explicada pela hipótese da justificação do sistema mediada pela estratificação social. Essa teoria sugeriu que os conservadores ricos se sentiam felizes porque se beneficiavam do status quo.

No entanto, os resultados da metanálise desafiaram essa ideia ao demonstrar que a satisfação com a vida e a felicidade não estão ligadas diretamente à conta bancária, nem há diferenças significativas entre os gêneros nessa relação.

Ao analisar os dados, os pesquisadores também consideraram possíveis viéses presentes nos estudos, como a predominância de participantes de países ocidentais e estudantes universitários. Embora tenha sido observada uma relação ligeiramente mais forte entre o conservadorismo e o bem-estar psicológico nesses grupos, o efeito positivo do conservadorismo na felicidade foi constatado em todas as regiões do mundo e em diversos contextos.

Justiça e legitimidade

Além disso, os pesquisadores notaram que a associação entre felicidade e conservadorismo era ainda mais forte quando os participantes concordavam diretamente com ideologias que enfatizam a justiça e a legitimidade do sistema social. Essa conexão demonstrou uma relação moderada, destacando a importância das percepções individuais sobre a organização social na experiência subjetiva de bem-estar.

Os psicólogos responsáveis pela revisão do estudo, Salvador Vargas Salfate, Julia Spielmann e D. A. Briley, da renomada Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, ressaltam que a correlação entre felicidade e conservadorismo foi de 7%, o que pode parecer um efeito modesto, mas é considerado significativo na ciência psicológica.

Eles também ressaltam que a felicidade é influenciada por vários fatores além da ideologia política, como a avaliação pessoal da vida e a experiência emocional individual.




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