Destaques do dia: Bolsa Família poderá ser pago com real digital; Parcelamento de dívidas com o FGTS ganha novas regras; Juros médios dos bancos recuam; Julho deve ser o mês mais quente da história

Aumento da temperatura global e queda nos juros médios dos bancos estão entre os principais assuntos desta sexta (28).



A situação climática do planeta é o grande tema desta sexta-feira (28). Uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou uma pesquisa que indica que o mês de julho pode ser o mais quente da história, preocupando cientistas, ambientalistas e autoridades.

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Na área da economia, o pagamento de dívidas com o FGTS teve suas regras alteradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Já a taxa de juros média do crédito recuou 0,8 ponto percentual no último mês.

Entre os assuntos em destaque do dia, veja também que a Caixa pode começar a pagar o Bolsa Família utilizando o real digital, a criptomoeda oficial do Banco Central. Saiba mais a seguir.

Real digital no Bolsa Família

O Bolsa Família e outros benefícios sociais e trabalhistas poderão ser pagos com o real digital, disse a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano. A criptomoeda oficial do Banco Central (BC) atualmente está em fase de desenvolvimento.

“Dá para pensar em pagar benefícios sociais e trabalhistas com moeda tokenizada [convertida em ativos digitais] no futuro”, disse Serrano.

Segundo ela, a instituição financeira deseja aproveitar o real digital para promover a digitalização financeira e a inclusão social em conjunto. “A Caixa está em 99% dos municípios brasileiros e tem 155 milhões de clientes. É um grande celeiro para testar soluções”, completou.

O real digital está em fase de testes desde março e a previsão é que seja lançado no fim de 2024.

Mês mais quente

O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgaram dados que mostram que julho pode se tornar o mês mais quente já registrado na história.

“O clima extremo que afetou muitos milhões de pessoas em julho é, infelizmente, a dura realidade da mudança climática e um prenúncio do futuro”, afirmou Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

Ondas de calor atingiram a América do Norte, Europa e Ásia nas últimas semanas. Na China, a temperatura de 52,2°C atingida em 16 de julho deu origem a um novo recorde nacional.

Junho já havia batido o recorde de mês mais quente, o que levanta o alerta de pesquisadores e autoridades. Segundo o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, o mundo está caminhando “ao desastre, com os olhos bem abertos”.

Dívidas com FGTS

O parcelamento de dívidas de empresas devedoras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ganhou novas regras. Segundo relatório do Conselho Curador do FGTS, cerca de 245 mil negócios estavam inscritos na dívida ativa por débitos que totalizavam R$ 47,3 bilhões em 2022.

O documento do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) prevê a ampliação do parcelamento em até 100 vezes para pessoas jurídicas de direito público. Já o microempreendedor individual (MEI), a microempresa (ME) e a empresa de pequeno porte (EPP) poderão pagar os valores em até 120 meses.

É possível dividir a dívida em até 120 meses no caso de devedores em recuperação judicial, e em até 144 meses para MEI, ME e EPP em recuperação judicial.

A operacionalização dos parcelamentos de débitos não inscritos em dívida ativa ficará por conta da Secretaria de Inspeção do Trabalho do MTE. Já os valores inscritos ficarão a cargo da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Juro médio recua

A taxa de juros média do crédito livre recuou de 45,4% para 44,6% ao ano em junho, queda de 0,8 ponto percentual. Essa é a primeira vez no ano que a redução acontece.

Mesmo assim, a alta acumulada dos juros médios chega a 5,6% pontos em 12 meses, mostra o relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgado pelo Banco Central (BC).

O recuo foi de 0,7 pp no mês na taxa média para novas contratações para empresas, para 23,1% ao ano. No acumulado de 12 meses, a alta fica em 0,5%. Já nas contratações com as famílias, os juros médios caíram 0,8 pp no mês, para 59,1% ao ano, mas sobem 7,6 pontos percentuais em 12 meses.




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