Quem nunca se deixou levar pela euforia provocada por um bom drink, em uma festa animada com amigos, não é mesmo? Mas o que acontece no nosso organismo após esse primeiro gole que pode nos levar da alegria ao temido “blackout”? Vamos decifrar isso agora, e o melhor, a partir de embasamento científico.
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O que está por trás da sensação de euforia?
Como afirma o psiquiatra David Nutt, quando saboreamos nossa bebida favorita, é comum associarmos o gosto e o aroma àquela sensação prazerosa que estamos prestes a experimentar. Parece que o mundo fica mais leve e divertido, certo? Esse é o nosso querido álcool agindo como a “melhor droga de socialização”, provocando uma sensação de euforia.
Isso acontece porque, logo após o primeiro gole, o álcool chega ao cérebro em um piscar de olhos, estimulando o Gaba, nosso neurotransmissor inibitório. O resultado? Ficamos mais desinibidos e sociáveis, prontos para curtir a festa. Mas a diversão pode dar lugar a confusão conforme o consumo de álcool aumenta.
O famoso “blackout”
Se você já acordou sem se lembrar de partes da noite anterior, já passou por um “blackout”, que nada mais é do que uma perda de memória causada pelo álcool. E se você acha que isso só acontece com quem bebe todos os dias, se enganou.
O neurologista João Massano explica que mesmo o consumo “social” de álcool, como o que acontece em festas nos fins de semana, pode levar a essas perdas de memória. Afinal, não é preciso beber todos os dias para ter uma ressaca daquelas ou enfrentar um blackout.
Mas os perigos do consumo de álcool não param por aí. A longo prazo, a ingestão excessiva dessa substância pode levar à demência alcoólica, Alzheimer e cirrose, para citar apenas algumas das possíveis complicações.
Então, a próxima vez que você pegar aquele copo de cerveja gelada ou de vinho saboroso, lembre-se: a moderação é a chave. Afinal, a festa é muito mais divertida quando a gente lembra de tudo no dia seguinte, não é mesmo?