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Jovens estão bebendo menos álcool, diz estudo. O que está acontecendo?

No Brasil, o último levantamento realizado apontou que apenas 19,3% dos jovens entre 18 a 24 anos consomem álcool de maneira abusiva.



Enquanto o consumo de álcool se tornou uma parte integrante de muitas culturas ao longo dos séculos, as pesquisas mostram que os jovens de hoje estão optando por beber menos, se comparados com as gerações anteriores. Esse fenômeno fascinante está ocorrendo globalmente e vem sendo estudado por cientistas e pesquisadores sociais.

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Um estudo publicado em 2020 comparou os hábitos de consumo de álcool dos adolescentes atuais com os de 20 anos atrás em 39 países, revelando uma tendência de queda na maioria dos locais. Outra pesquisa no Reino Unido indicou que 26% dos jovens entre 16 e 24 anos se consideram totalmente abstêmios. No Brasil, o último levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2021 apontou que apenas 19,3% dos jovens entre 18 a 24 anos consomem álcool de maneira abusiva, a menor taxa desde 2015.

Mas por que essa mudança está acontecendo?

Há várias teorias que explicam a tendência. A pesquisa da organização britânica Drinkaware sugere que a reputação e o desempenho no trabalho são motivos importantes para os jovens moderarem o consumo de álcool. Outro estudo, realizado pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) no Brasil, observou que a maioria dos jovens pesquisados não viam a saúde como uma motivação para reduzir o consumo, mas concordaram que um alerta médico poderia influenciar suas decisões.

A historiadora Deborah Toner, professora da Universidade de Leicester, no Reino Unido, sugere que a “cultura da sobriedade” está se tornando cada vez mais prevalente entre os jovens, ligada a uma preocupação crescente com um estilo de vida saudável e um desejo de afirmar suas identidades de forma diferente de gerações anteriores.

Além disso, a pressão social e as preocupações com a saúde, a influência das redes sociais, as mudanças nos relacionamentos com os pais e a mudança de atitude em relação ao consumo excessivo de álcool estão desempenhando um papel nessa tendência.

Apesar de a saúde ser uma preocupação secundária para alguns jovens, os perigos do consumo excessivo de álcool não devem ser minimizados. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que nenhum nível de ingestão é seguro e que ele está associado a pelo menos sete tipos diferentes de câncer e pode levar a 230 doenças diferentes.




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