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Ficando sem cheiro? Cuidado! Perda de olfato pode indicar risco de Alzheimer

Estudo recente sugere que a perda precoce do olfato pode ser o primeiro sintoma de pessoas com maior risco genético de desenvolver a doença.



Você já parou para pensar no quão essencial é o nosso sentido do olfato? Além de nos ajudar a apreciar os aromas das nossas refeições favoritas ou a sentir o perfume das flores, ele pode ter um papel ainda mais crucial. Um estudo recente sugere que a perda precoce do olfato pode ser o primeiro sintoma de pessoas com maior risco genético de desenvolver Alzheimer. Vamos entender melhor essa descoberta?

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O estudo, publicado na revista científica Neurology, indica que pessoas com uma variante específica do gene chamada APOE e4, associada a um risco aumentado de Alzheimer, tendem a perder a capacidade de identificar odores mais cedo em comparação com aquelas sem a variante genética.

Afinal, como chegaram a essa conclusão?

Os pesquisadores testaram o olfato de mais de 865 pessoas em suas próprias casas. Eles avaliaram a capacidade dos participantes de detectar e identificar odores, utilizando uma escala de pontuação de zero a seis.

Matthew GoodSmith, pesquisador da Universidade de Chicago e autor do estudo, explica: “Testar a capacidade de uma pessoa para detectar odores pode ser uma maneira útil de prever futuros problemas de cognição“.

Ao longo de um período de cinco anos, essas habilidades de pensamento e memória foram testadas duas vezes. Foram também recolhidas amostras de DNA, que revelaram quais participantes eram portadores da variante do gene associada ao Alzheimer.

Segundo os resultados do estudo, aqueles que carregavam a variante do gene eram 37% menos propensos a detectar diferentes odores. Essa redução da capacidade olfativa foi percebida especialmente na faixa etária entre 65 e 69 anos.

E apesar de não mostrarem diferenças na capacidade de identificar o odor que estavam sentindo até a idade de 75 a 79 anos, quando começaram a perder essa habilidade, a queda foi mais acentuada do que naqueles sem o gene.

Matthew GoodSmith acredita que “identificar os mecanismos subjacentes a essas relações nos ajudará a entender o papel do olfato na neurodegeneração“.

Essa pesquisa mostra a importância de olharmos além dos sintomas comuns de doenças como o Alzheimer e explorar outros sinais que podem surgir mais cedo. Afinal, quanto mais conhecemos sobre essas condições, melhor podemos nos preparar e cuidar de nossa saúde mental.




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