O hábito de estalar o pescoço, também conhecido como “cracking” ou “estalo cervical”, é uma ação em que uma pessoa aplica pressão ao movimentar a cabeça de forma rápida e controlada, resultando em um som característico de estalo.
Veja também: Vai pintar a casa: veja qual a cor combina com sua casa do zodíaco
Nesse sentido, muitas pessoas relatam que esse hábito proporciona alívio temporário da tensão e do desconforto no pescoço, mas é importante notar que o estalo ocorre devido à liberação de gases nas articulações, não necessariamente indicando uma melhoria real na saúde do pescoço.
Além disso, estalar o pescoço repetidamente, sem a devida precaução, pode levar a lesões ou aumentar o risco de problemas a longo prazo, como osteoartrite. Mesmo com a sensação momentânea de alívio, os médicos não recomendam essa prática. Entenda a seguir:
Os riscos de estalar o pescoço
Ever Arias, graduado pela Loyola University Chicago Stritch School of Medicine e atualmente residente no UCI Medical Center nos Estados Unidos, adverte que esse gesto aparentemente simples e inofensivo pode resultar em distensão muscular e até mesmo em fraturas nessa região.
Casos reais
Dessa maneira, o especialista ilustra o perigo com um caso real envolvendo uma paciente de 20 anos que ele tratou. Após estalar o pescoço duas vezes seguidas, ela começou a sentir dores intensas.
“Ela entrou na sala de emergência depois de ser atendida e examinada. Descobrimos que ela tinha uma fratura por compressão cervical. Basicamente descobriu-se que ela tinha um diagnóstico de síndrome de hipermobilidade e por isso tinha muita mobilidade na área. O que aconteceu é que ela acabou flexionando um pouco demais o pescoço e começou a ter fratura por compressão”, explicou o médico em um vídeo.
Além desse caso específico, Arias menciona outros problemas que podem surgir ao longo do tempo para aqueles que mantêm esse hábito, como a possibilidade de um derrame que pode resultar na dissecção da artéria vertebral.
“Eu mesmo nunca tento estalar minhas juntas do pescoço. Porque geralmente isso pode levar a um dano colateral. Também pode causar sua própria dissecção ou outros tipos de ferimentos em vasos sanguíneos na estrutura do pescoço”, adverte o médico.
Do mesmo modo, em um relato adicional, o vídeo do médico apresenta o caso de uma mulher que foi longe demais e acabou “quebrando” o próprio pescoço. “Eu ‘quebrei’ meu pescoço com as minhas próprias mãos e passei as primeiras duas semanas da universidade utilizando colar cervical”.