Sabe aquela cadeira super confortável do seu escritório, onde você passa horas a fio trabalhando, assistindo séries ou navegando na internet? Pois é, ela pode não ser tão inofensiva quanto parece. Um estudo recente traz evidências preocupantes para aqueles que passam a maior parte do dia sentados.
Leia também: Dormir no escritório e não tomar banho: o que Elon Musk faz de ‘bizarro’?
Vamos começar pelos fatos. Pesquisadores descobriram uma ligação alarmante entre o tempo que passamos sentados e o risco de desenvolver demência.
No estudo publicado no JAMA, foi identificado que indivíduos que permanecem sentados extensivamente, seja no ambiente de trabalho ou em casa, estão significativamente mais vulneráveis à condição do que aqueles que passam menos tempo nessa posição.
A questão mais intrigante é que esse risco existe até mesmo para pessoas que fazem exercícios regularmente, mas passam a maior parte do dia sentados.
Por que isso é preocupante?
A ciência já mostrou que ficar sentado por longos períodos está relacionado a problemas de saúde como doenças cardíacas, obesidade, diabetes e um risco maior de morte prematura. E agora, parece que o cérebro também está na linha de tiro.
Andrew Budson, professor de neurologia na Universidade de Boston, comentou sobre a pesquisa dizendo que ela “apóia a ideia de que mais tempo gasto em comportamentos sedentários aumenta o risco de demência”. Então, se sabemos que o sedentarismo pode afetar o coração, os ossos e o metabolismo, por que não o cérebro?
E não para por aí. David Raichlen, que liderou o estudo, alerta sobre o perigo de se manter sentado excessivamente:
“Ficar sentado no escritório o dia todo, depois na frente da TV, no carro e em todas as outras maneiras que encontramos para sentar, isso faz sentido. É nesses níveis extremos de comportamento sedentário que vemos um risco muito maior”.
Você pode estar se perguntando: E a prática de atividade física, ela não protege contra esses riscos? Infelizmente, o estudo encontrou poucos benefícios com os exercícios. Mesmo aqueles que se exercitam regularmente, mas passam mais de 10 horas por dia sentados, possuem riscos similares à demência se comparados àqueles que não se exercitam tanto.
Então, como podemos proteger nosso cérebro? A dica é simples: mova-se mais e sente-se menos.
