Alta no preço do diesel e corte na gasolina: por que a Petrobras tomou essas decisões?

Estatal anuncia redução no preço da gasolina e aumento no diesel vendido às distribuidoras. Medida vale a partir de sábado (21).



A Petrobras informou que a gasolina vendida em suas refinarias será reduzida em 4,1%, enquanto o preço do diesel ficará 6,6% mais caro. Os reajustes nos combustíveis são válidos a partir deste sábado (21) e ocorrem em meio a uma disparada dos preços no mercado externo. Em valores reais, o corte é de R$ 0,12 por litro de gasolina e o aumento de R$ 0,25 por litro de diesel.

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Mas se a situação está negativa desde o início da guerra entre Israel e Hamas, por que um combustível subiu e o outro desceu? Entenda a seguir.

Decisões sobre preços

Segundo Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, as decisões da petroleira estão de acordo com uma estratégia comercial para “tornar a empresa competitiva no mercado es ao mesmo tempos evitar o repasse de volatidade para o consumidor”. Segundo ele, a política tem se mostrado positiva.

A companhia explicou que os mercados do diesel e da gasolina possuem movimentos distintos, o que resulta na diferença. “Para a gasolina, o fim do período sazonal de maior demanda global significa maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. Por outro lado, para o diesel, observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto frente ao petróleo”, detalha.

No acumulado do ano, o diesel continua em queda de R$ 0,44 por litro, apesar do reajuste mais recente. Já a gasolina recua R$ 0,27 por litro. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem média de preço chega a 12% para o primeiro produto e a 5% no caso do segundo.

Aumento na gasolina

Uma das preocupações dos consumidores é que a alta do petróleo resulte em acréscimos na gasolina em breve. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço médio do combustível hoje é de R$ 5,76 o litro.

Por enquanto, a Petrobras ainda consegue absorver essa volatilidade, mas o cenário pode piorar à medida que o petróleo continuar subindo.

“Se a gente tiver uma piora nas condições políticas no Oriente Médio, para mim, não há dúvida de que gasolina e diesel teriam aumento de pelo menos 10%, 15% ou 20%. Se estender essa política [de preços] por muito tempo, vai comprometer a rentabilidade [da empresa] de 2024. Então não há outra maneira, até porque o mercado internacional está apontando para uma alta no mercado futuro dos combustíveis”, pontua Fabio Silveira, sócio-diretor da MacroSector Consultores.




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