TIM pode dar adeus ao Brasil? Acionistas defendem mudança drástica nas operações

Grupo de acionistas minoritários sugerem a venda das operações no Brasil para equilibrar as contas da empresa.



Um dos grandes desafios previstos no plano de reestruturação do Grupo TIM, antiga Telecom Italia e dona da TIM Brasil, é quitar uma dívida acumulada de 26 bilhões de euros. Para ajudar a equilibrar as contas, a solução pode ser o fim das operações no Brasil.

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Em carta enviada ao Conselho de Administração da companhia, acionistas minoritários sugerem que o grupo venda a TIM no Brasil para fazer caixa. Após a divulgação da carta, as ações ordinárias da empresa (TIMS3) abriram em alta de 1,5% no intradia.

O pedido é liderado pelas gestoras Merlyn Advisors e RN Capital Partners, de Londres e Milão, nessa ordem. As duas, que detêm menos de 3% das ações da empresa por meio dos seus fundos, se juntaram no consórcio batizado de TIM Value.

Além da venda das operações no Brasil, os acionistas minoritários pedem a substituição do CEO do grupo, Pietro Labriola. O executivo, que também já foi CEO da TIM no Brasil, divulgou planos de vender a unidade de infraestrutura Netco e demitir milhares de funcionários.

O fundo norte-americano KKR se mostrou interessado em adquirir os ativos da Netco, que reúne os braços Fibercop, de infraestrutura de fibra ótica, e Sparkle, de conectividade de empresas.

Contraproposta

Os minoritários são contra a venda da Netco, que segundo eles “foi construída com as economias e sacrifícios dos italianos”. Entre as sugestões feitas na carta de “contraproposta” estão colocar o banco CDP como o acionista de referência do grupo, deixando o governo da Itália no comando da companhia.

A instituição financeira tem pouco menos de 10% de participação societária no Grupo TIM, hoje controlado pela Vivendi, que detém 23,8% das ações.




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