São Paulo e outros dez municípios do Brasil concentraram quase um quarto de toda a produção nacional de bens e serviços em 2021, revelam dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A capital paulista registrou 9,2% de participação na economia do país.
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As demais cidades são: Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Curitiba (PR), Osasco (SP), Maricá (RJ), Porto Alegre (RS), Guarulhos (SP) e Fortaleza (CE). Juntas, elas são o lar de 16,6% da população do país.
Os resultados evidenciam a redução da centralização do PIB (Produto Interno Bruto). Apesar de a economia ainda parecer condensada em alguns pontos, apenas quatro municípios concentravam um quarto da riqueza nacional em 2002.
Nos últimos 19 anos desde que a pesquisa começou a ser feita, Manaus ganhou duas posições e foi da sétima para a quinta colocação. Curitiba subiu da quinta para a sexta e Osasco foi da 16ª para a sétima. Maricá disparou da 354ª para a oitava, enquanto Porto Alegre caiu de sexta para a nona colocação.
As duas maiores quedas de participação no PIB em relação a 2022 foram das cidades de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). A capital paulista perdeu 5 pontos percentuais da fatia, enquanto a presença do Rio encolheu 2,3 pontos percentuais.
Maricá, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, aumentou sua participação na produção nacional em 0,9 ponto percentual em 19 anos, resultado impulsionado pela extração de petróleo e gás.
Participação no PIB
A publicação do IBGE também mostra que as cidades com maior quantidade de serviços presenciais foram as que mais sofreram com as medidas restritivas adotadas ao longo da pandemia.
Ampliando o cenário, 87 municípios são responsáveis por 50% do PIB brasileiro, enquanto 1.306 cidades tinham participação de 1% na produção de bens e serviços em 2021. A maioria das localidades com menor presença está localizada nos estados de Piauí (152) e Paraíba (141).
“Observa-se que o padrão identificado no País é repetido, com concentração do PIB em poucos Municípios. Na comparação entre 2002 e 2021, porém, o número de municipalidades que somavam até metade da economia local foi ampliado”, destaca a pesquisa.