Quem não quer alcançar o máximo de desempenho na hora de praticar atividade física? O que poucas pessoas sabem é que a ciência encontrou o melhor momento para se exercitar. Isso, inclusive, pode fazer uma grande diferença nos resultados alcançados.
Diversos estudos apontam que a escolha do horário pode influenciar a eficácia dos treinos. Alguns vão além e dizem que o momento certo ajuda, inclusive, a reduzir o risco de lesões. Mas, afinal, qual é o horário ideal?
Melhor horário para treino pode variar – Foto: Canva
Treinar de manhã dá energia
A prática de exercícios logo pela manhã tem vários benefícios. O principal deles é que esse é um horário que favorece a constância. Pessoas que se exercitam cedo tendem a ser mais consistentes, pois evitam interrupções que podem surgir ao longo do dia.
Além disso, treinar de manhã pode melhorar o humor e aumentar a energia para o restante do dia. Segundo um estudo publicado no Journal of Physiology, exercitar-se cedo pode ajudar a sincronizar o relógio biológico, o que melhora a qualidade do sono e regula o apetite.
Outra vantagem dos treinos matinais é a aceleração do metabolismo. Logo após uma sessão de exercícios, o corpo tende a continuar queimando calorias em ritmo mais acelerado por várias horas.
Esse fenômeno tem, inclusive, um nome: o efeito pós-combustão. A American Council on Exercise relata que essa elevação no metabolismo pode ajudar na perda de peso e na manutenção da energia ao longo do dia.
À tarde é a hora da força máxima
Já quem opta por treinar à tarde deve saber que esse horário demanda mais força e resistência. Por isso, fazer os exercícios nesse momento do dia pode ser a melhor escolha.
Isso acontece porque a temperatura corporal atinge seu pico durante a tarde, o que pode melhorar a função muscular, a força e a resistência.
Um estudo publicado no Journal of Sports Science & Medicine revela que a capacidade de desempenho físico atinge seu auge entre 14h e 18h, quando os músculos estão mais aquecidos e a circulação sanguínea está em seu ponto máximo.
Além disso, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, são mais baixos à tarde. Por isso, o risco de lesões é menor, haja vista que os músculos estão mais relaxados.
Treino noturno pode ajudar a relaxar
Mas quem só consegue treinar à noite, não se desespere: está tudo bem. Exercitar-se no final do dia pode ser uma ótima forma de relaxar e desestressar após uma rotina pesada. Um estudo do Journal of Strength and Conditioning Research sugere que treinar à noite pode melhorar a flexibilidade, o que é benéfico para atividades como ioga e alongamentos.
Isso acontece porque a temperatura corporal continua elevada, facilitando o aquecimento dos músculos e reduzindo o risco de lesões.
No entanto, é importante evitar exercícios intensos muito perto da hora de dormir. A National Sleep Foundation recomenda que os treinos sejam concluídos pelo menos duas horas antes de dormir para evitar distúrbios no sono.
Avaliação deve ser individual
Apesar dos estudos, é importante ter em mente que cada organismo reage de forma diferente. O cronotipo, que é a predisposição natural de uma pessoa para ser matutina ou noturna, pode influenciar a escolha do horário.
O mais importante é escolher um momento do dia que seja conveniente e sustentável a longo prazo. A consistência é fundamental para alcançar os benefícios do exercício.