Seja por acordar tarde ou por outros motivos, diversas pessoas pulam o café da manhã e fazem a primeira refeição no almoço. Esse gesto, porém, é prejudicial à saúde, uma vez que precisamos de nutrientes ao acordar.
Compreender os danos causados por essa prática pode levar muitas pessoas a repensar seus hábitos, já que pular o café da manhã pode contribuir para diversos problemas de saúde física e mental.
Pular o café da manhã intensifica a fome
Em entrevista ao GE, Tânia Rodrigues, nutricionista especialista em Nutrição Esportiva, explica que, do ponto de vista fisiológico, não tomar café da manhã pode aumentar a fome nas primeiras horas do dia e durante o almoço. Isso, por sua vez, resulta em uma ingestão inadequada de alimentos e nutrientes.
Além disso, a reportagem do GE esclarece que, metabolicamente, o corpo inicialmente utiliza suas reservas de energia, como a glicose do sangue e os triglicerídeos, para compensar a falta de alimento ao acordar. Em situações extremas ou repetitivas, isso pode exigir que os músculos sejam usados como fonte de energia.
“O organismo se adapta à falta do café da manhã e usa as reservas de energia até a próxima refeição. No entanto, alguns estudos mostram que pessoas que não comem pela manhã passam a comer mais durante o dia e à noite, podendo ganhar peso e gordura corporal”, aponta a especialista.
Principais malefícios dessa prática à sua saúde
Embora pular o café da manhã tenha se tornado uma estratégia recorrente em dietas e outros métodos que buscam o emagrecimento, como o jejum intermitente, a ausência dessa refeição pode levar ao resultado oposto do esperado.
“O café da manhã é uma refeição importante para fornecer energia para as primeiras atividades do dia. Quando pulamos o desjejum, o corpo terá que usar o músculo para gerar energia, o que provoca perda de massa magra e redução do metabolismo”, diz a nutricionista Joseane Bessa.
Além disso, é importante notar que, para atletas amadores e pessoas que fazem exercícios físicos com frequência, pular o café da manhã pode ser igualmente prejudicial, segundo Mariana Lomelino, especialista em Medicina do Exercício e Esporte.
“Podemos gerar mecanismos de estresse no organismo e catabolismo proteico. Além disso, se essa pessoa vai se exercitar, pode haver queda na performance física e mental. Em relação ao ganho de massa muscular, isso é ruim”, comenta a especialista.
Ela também adiciona que exercícios em jejum podem aumentar o risco de lesões articulares.
