Uma das vantagens mais conhecidas do azeite de oliva é a presença de gorduras boas, conhecidas por ajudarem a reduzir o colesterol ruim e, consequentemente, diminuir os riscos de doenças cardíacas.
Mas um novo estudo publicado em julho no Journal of The American Heart Association trouxe um detalhe interessante sobre o óleo. Segundo a pesquisa, os efeitos benéficos de incluir uma dose extra de azeite de oliva na dieta são garantidos apenas para quem não tinha o hábito de consumir o alimento regularmente.
Detalhes do estudo
O estudo envolveu 40 adultos, com idades entre 18 e 79 anos, todos com colesterol elevado ou em níveis considerados de risco. Durante oito semanas, esses participantes seguiram uma dieta vegana inspirada no padrão mediterrâneo, muito reconhecido por seus benefícios à saúde do coração.
Cada refeição diária foi cuidadosamente planejada com uma quantidade específica de calorias, visando ajudar na redução do colesterol. Os participantes foram divididos em dois grupos.
No primeiro, além da dieta padrão, os integrantes consumiram quatro colheres de chá de azeite de oliva por dia durante as primeiras quatro semanas. O segundo grupo seguiu a dieta sem o azeite nesse mesmo período.
Após as quatro semanas, os papéis se inverteram: o grupo que inicialmente não usava o azeite passou a incluí-lo na dieta, enquanto o outro grupo interrompeu o consumo. Houve ainda uma semana de intervalo entre as duas fases do estudo para garantir a precisão dos resultados.
Afinal, muda algo incluir azeite de oliva extra na dieta?
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Os pesquisadores observaram que ambos os cenários levaram a melhorias nos perfis cardiometabólicos dos participantes, como a redução do colesterol, melhora nos níveis de açúcar no sangue e diminuição de marcadores de inflamação no organismo.
No entanto, a ordem em que o azeite extra foi adicionado à alimentação fez uma diferença significativa. Os participantes que começaram o estudo consumindo quatro colheres extras de azeite e depois pararam de fazê-lo apresentaram uma queda mais acentuada do colesterol ruim (LDL) ao final da pesquisa.
Em contrapartida, aqueles que adicionaram o azeite apenas após seguir a dieta mediterrânea não viram o mesmo efeito. Nesses casos, o colesterol caiu ao adotar a dieta, mas, após incluir o azeite, os níveis de LDL ficaram estagnados.
Embora ambas as dietas tenham melhorado o fenótipo metabólico, uma intervenção com baixo teor de azeite pode proporcionar uma redução superior do LDL em indivíduos com maior risco. A adição após o consumo de pequenas quantidades pode impedir a redução de riscos, apontam os pesquisadores.
Os resultados indicam que os benefícios de redução do colesterol ao incluir o azeite na dieta são mais eficazes quando o alimento é integrado desde o início do plano de reeducação alimentar. Portanto, para quem já está obtendo os resultados desejados com uma dieta, os especialistas recomendam não adicionar azeite extra posteriormente.
