Em uma ação conjunta, a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) e o Ministério da Agricultura apreenderam 428 garrafas de azeite adulterado em supermercados locais. A operação, que teve início no final de setembro, visou combater fraudes relacionadas à comercialização de azeites de oliva.
O delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, ressaltou a gravidade da situação. Segundo ele, a falta de informações claras nos rótulos é um dos principais indícios de adulteração.
A operação trouxe à tona a necessidade de maior vigilância sobre a procedência do azeite presente em nossas mesas. A cada ano, fraudes envolvendo o produto ganham destaque, na maioria das vezes devido à adição de óleos de qualidade inferior ou produtos não próprios para consumo.
Conforme dados do Ministério da Agricultura, apenas o pescado supera o azeite em número de fraudes em nível mundial.
Dicas para identificar um azeite falsificado
A nutricionista Gabriela Rebello aconselha o consumidor a verificar a cor e a consistência do azeite. Um produto extravirgem verdadeiro deve possuir cor uniforme, entre verde e amarelo.
Além disso, a acidez do azeite não deve ultrapassar 0,8%. Veja algumas outras orientações para saber identificar azeites falsificados quando for às compras:
- Verificar a cor do azeite: deve ser uniforme, entre verde e amarelo.
- Checar a acidez: deve ser inferior a 0,8%.
- Procurar por notas herbáceas ou frutadas no sabor.
- Desconfiar de preços muito baixos: podem indicar adulteração.
- Solidificação no congelador: um azeite legítimo deve solidificar devido aos ácidos graxos.
Impactos no mercado e na segurança alimentar
O esquema de fraude descoberto incluía a mistura de azeites de baixa qualidade com corantes, o que permitia que fossem vendidos como extravirgens, explorando os consumidores e prejudicando produtores honestos.
Essas ações fraudulentas geram impactos negativos no mercado e na confiança dos consumidores.
Com a intensificação das operações, o Ministério da Agricultura visa garantir a segurança alimentar e uma concorrência mais justa no mercado.
O objetivo é proteger os consumidores dessas fraudes e assegurar que apenas produtos de qualidade sejam disponibilizados nas prateleiras.