‘Dezembrite’: como lidar com a tristeza que surge no final do ano?

Especialistas discutem a 'dezembrite', síndrome do fim de ano que afeta o bem-estar emocional de muitas pessoas.



Com a contagem regressiva para o Ano Novo, muitos se preparam para festas e celebrações. No entanto, essa época também desperta sentimentos de tristeza e melancolia, conhecidos por muitos como “dezembrite”.

Apesar de não ser reconhecida oficialmente pela psicologia, a “dezembrite” é um termo que ganhou popularidade, uma vez que as pessoas buscam ajuda psicológica nesse período. Afinal, não é raro que esses sentimentos evoluam para quadros mais graves, como depressão e ansiedade.

A dualidade entre festejos e lembranças de perdas pessoais intensifica essa realidade e torna o período um momento ruim para muitas pessoas.

Em entrevista ao Estado de Minas, Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT, destacou a influência das redes sociais e o impacto das comparações.

“O uso excessivo das redes sociais aumenta a depressão sazonal, pois promove comparações constantes com a vida alheia”, afirma.

Causas e sintomas

No Brasil, o final de ano é sinônimo de reflexões sobre metas não alcançadas e balanços emocionais.

Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), 38% das pessoas relatam aumento de estresse nesse período, ocasionado por fatores como incertezas e expectativas.

Especialistas falam dos sentimentos ruins vividos em dezembro. (Foto: Olha Yefimova/Shutterstock)

Em reportagem da NSC Total, Luciana Benedetto, neurocientista da plataforma BurnUp, alerta para sinais como melancolia persistente, irritabilidade e isolamento.

Segundo ela, esses sintomas se intensificam quando a pressão social por felicidade é excessiva, tornando-se importante buscar suporte.

Confira alguns indícios de que você pode estar com “dezembrite”:

  • Tristeza constante;
  • Aumento do estresse;
  • Falta de energia;
  • Sentimentos de solidão;
  • Dificuldade de concentração;
  • Frustração quanto às metas do ano.

Como enfrentar o problema

Colombini sugere a prática do autoconhecimento e do autocontrole. Compreender os próprios sentimentos e estabelecer limites pode ajudar a lidar melhor com essa época do ano, bem como escolher atividades alinhadas com valores pessoais.

Quando procurar ajuda?

Se os sentimentos de tristeza e ansiedade se tornarem incapacitantes, é fundamental buscar apoio profissional. Benedetto ressalta a importância de programas de bem-estar e do reconhecimento dos próprios limites para manter o equilíbrio emocional.

Assim, não hesite em buscar apoio quando necessário. Compreender a si mesmo e valorizar pequenas conquistas pode fazer toda a diferença na forma como vivenciamos essa época do ano.




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